MUNDIAL 2022: Seleccionador norte-americano terá sido chantageado por pai de jogador
O seleccionador nacional de futebol (“soccer”) dos Estados Unidos, Gregg Berhalter, terá sido chantageado por Claudio Reyna, antigo internacional norte-americano e pai de Giovanni Reyna, durante o Campeonato do Mundo.
Claudio Reyna mostrou-se insatisfeito com a pouca utilização do seu filho durante os jogos dos Estados Unidos no Mundial.
Assim sendo, Reyna e a sua mulher terão chantageado Gregg Berhalter, ameaçando divulgar informações referentes ao episódio de violência doméstica envolvendo o seleccionador norte-americano e a sua namorada (com quem acabaria por conciliar-se e ter quatro filhos) datado de 1991.
A chantagem terá mesmo chegado à federação, algo que levou Gregg Berhalter a vir a público explicar o sucedido, isto antes de anunciar que não iria comandar a selecção dos Estados Unidos nos próximos dois encontros.
A Federação Norte-americana de Futebol já abriu uma investigação às acusações de violência doméstica.
Berhalter divulgou na terça-feira um comunicado em que revela que em 1991 teve uma discussão com a noiva que terminou com o treinador a “dar-lhe um pontapé na perna”, um acto que qualificou de “vergonhoso” e para o qual “não existem desculpas”.
O contrato de Berhalter, de 49 anos, expirou após o Mundial2022, no qual os Estados Unidos foram eliminados nos oitavos de final, ao perderem por 3-1 com os Países Baixos.
A escolha do seleccionador norte-americano, que pode passar pela continuidade de Berhalter, ganha importância acrescida, uma vez que os Estados Unidos são um dos três países organizadores do Mundial de 2026, em conjunto com o Canadá e o México, o maior de sempre, alargado a 48 selecções participantes.
Enquanto os responsáveis federativos não tomam uma decisão relativamente ao treinador que liderará a selecção norte-americana até ao torneio mundial, Anthony Hudson assumirá, interinamente, os seus destinos, a começar já pelos jogos particulares com Sérvia e Colômbia, em Los Angeles.