MUNDIAL DE FUTSAL: Ineficiência dita derrota da despedida de Ricardinho
A Bélgica venceu ontem Portugal por 3-2, em jogo de preparação para o campeonato mundial, que serviu também como despedida de Ricardinho da selecção das ‘quinas’, com o ‘mágico’ a anotar o primeiro golo dos lusos.
Em Gondomar, Steven Dillien inaugurou o marcador para os forasteiros, aos dois minutos, Ricardinho empatou aos quatro minutos – e saiu aos 10 ovacionado pelo pavilhão de Gondomar –, mas na segunda parte Fábio Cecílio (30) marcou na própria baliza e Jaway Yachou (37) ampliou a vantagem, Bruno Coelho reduziu no mesmo minuto, mas não evitou a derrota em dia de festa.
A selecção das ‘quinas’ entrou melhor no encontro e, logo aos 30 segundos, João Matos e Pany estiveram perto de inaugurar o marcador, mas foram negados por duas grandes intervenções de Dries Vrancken, uma amostra da boa exibição que o ‘guardião’ belga fez no primeiro tempo.
A resposta belga foi dada com eficácia, já que na primeira aproximação à baliza portuguesa, Steven Dillien, dentro de área, atirou forte às ma-lhas superiores, na conclusão de uma bela jogada colectiva.
A formação lusa ‘carregava’, mas só com ‘carimbo’ do ‘mágico’ Ricardinho chegou à igualdade, depois de fintar um adversário em zona central e rematar cruzado com o pé direito, um tento que fez saltar o pavilhão na despedida do ala.
O ‘capitão’ saiu ovacionado aos 10 minutos da primeira parte e a bola continuou a rolar dentro da quadra, já com a estreia de Hugo Neves pela selecção, que ficou perto de marcar por duas vezes.
Para a história ficam as 188 internacionalizações e 142 golos apontados, o último dos quais aos quatro minutos de jogo, em que o médio encarou um adversário em zona central, fintou para o lado direito e atirou com o pior pé para o fundo das redes.
No final do encontro, apesar do desaire frente aos belgas, o público voltou a ovacionar o ‘mágico’, que ainda foi interpelado pelos adversários para trocar umas palavras e tirar fotografias, numa demonstração universal do carinho da modalidade pelo seis vezes considerado melhor jogador do mundo – o atleta que mais vezes venceu o galardão.