Não há garantias que uma única vacina em desenvolvimento funcione
O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) fez há instantes uma conferência de imprensa onde sublinhou a importância da instituição no combate a uma crise global como a da pandemia e alertou que o histórico de desenvolvimento de novas vacinas é feito de falhanços e vitórias.
“Não temos garantia de que uma única vacina das que estão agora em desenvolvimento funcione. Quanto mais candidatas forem testadas, maiores hipóteses teremos de uma vacina segura e eficiente”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, esta segunda-feira, em conferência de imprensa, que pode rever mais abaixo.
O director-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS) fazia referência às cerca de 200 vacinas que existem agora em investigação, nas suas mais variadas fases de desenvolvimento. “A história do desenvolvimento de vacinas diz-nos que algumas falharão e outros terão êxito”.
O responsável sublinhou, ainda, que “a via mais rápida para acabar com a pandemia da Covid-19 e acelerar a recuperação económica é assegurar que algumas pessoas são vacinadas em todos os países, e não todas as pessoas em alguns países”.
“As mais recentes sondagens de opinião mostram que a grande maioria das pessoas apoia o acesso equitativo às vacinas. O nosso objetivo é ter dois mil milhões de doses de uma vacina disponíveis no final de 2021”, acrescentou Tedros Adhanom Ghebreyesus, uma meta que requererá 15 mil milhões de dólares.
Foi hoje assinalado, na mesma conferência de imprensa, o 75.º aniversário da fundação da ONU. “Há 75 anos, as nações uniram-se no rescaldo da Segunda Guerra Mundial e na conclusão de que a única alternativa aos horrores do conflito internacional era cooperação internacional”.
“Talvez não haja, desde a II Guerra Mundial, uma crise que tenha demonstrado de forma tão clara porque é que precisamos das Nações Unidas como a pandemia da Covid-19”, disse o diretor-geral da instituição de saúde da ONU. “A OMS tem orgulho em fazer parte da família da ONU”, completou.