NATO – Aceleram investimentos
O secretário-geral da NATO disse esperar que os aliados concordem em acelerar os investimentos em defesa, no actual contexto do regresso da guerra à Europa, “a mais grave crise de segurança numa geração”.
“Constacto um novo sentido de urgência entre os aliados. Todos percebem que é preciso fazer mais. Enfrentamos a mais grave crise de segurança numa geração, pelo que temos de investir mais na nossa segurança. E os aliados compreendem que a única forma de o fazer é destinar mais dinheiro para os orçamentos nacionais de defesa”, disse Jens Stoltenberg, à chegada ao quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas, para uma cimeira extraordinária de líderes da NATO, exactamente um mês depois do início da invasão da Ucrânia pela Rússia.
Stoltenberg disse então esperar que os 30 membros “concordem em acelerar a implementação dos compromissos” e afirmou-se “satisfeito por vários aliados já terem feito anúncios sobre o aumento de investimentos”. “Saúdo a decisão, por exemplo, da Alemanha, de investir 2% do PIB, produto interno bruto, em defesa. Isto realmente fará diferença, dado ser uma grande economia”, comentou.
Ainda sobre a cimeira, durante a qual o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, deverá dirigir-se aos aliados por videoconferência, o secretário-geral disse acreditar que “vai mostrar a importância da América do Norte e Europa estarem juntas a enfrentar esta crise”. “Somos a mais forte aliança do mundo, e enquanto permanecermos juntos estaremos seguros”, sublinhou.
Relativamente ao apoio à Ucrânia, Stoltenberg disse que serão analisadas acções que poderão ser tomadas complementarmente a todo o apoio que a Aliança já tem vindo a prestar para ajudar as forças armadas ucranianas a enfrentar o exército russo, mas voltou a afastar a imposição de uma zona de exclusão aérea, tal como reclama há muito Zelensky.
Portugal estará representado na cimeira da NATO e no Conselho Europeu, este último de dois dias, entre quinta e sexta-feira, pelo primeiro-ministro, António Costa.
Na primeira reunião presencial dos chefes de Estado e de Governo da NATO desde o início da guerra na Ucrânia, os líderes deverão também concordar em fornecer apoio adicional aos ucranianos, designadamente assistência cibernética de segurança e equipamento para ajudar a Ucrânia a proteger-se contra ameaças químicas, biológicas, radiológicas e nucleares.