NATO aumenta despesas na defesa em 2022

Os países membros da NATO continuam a aumentar as despesas em Defesa, com nove a atingirem já em 2022 a meta de 2% do PIB, mas Portugal continua aquém desse objetivo, com 1,44%, segundo estimativas hoje publicadas pela organização.

De acordo com o relatório divulgado hoje, em vésperas da cimeira de Madrid, na qual será discutido o reforço dos investimentos da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) à luz da agressão militar russa à Ucrânia, este é o oitavo ano consecutivo em que os Aliados europeus e o Canadá aumentam as despesas em Defesa desde que, em 2014, os membros da Aliança se comprometeram em investir 2% dos respetivos Produtos Internos Brutos (PIB) nesta área.

Ainda apenas com base em estimativas, o documento projeta que no corrente ano os países membros da organização aumentem as despesas 1,2% face a 2021, mesmo assim o crescimento anual mais baixo dos últimos oito anos (no ano passado, por exemplo, o aumento face a 2020 foi de 3,1% e em 2020 o crescimento face a 2019 foi de 4,9%).

Segundo as estimativas, nove países atingem ou ultrapassam este ano a meta dos 2% do PIB consagrados à Defesa – Grécia, Estados Unidos, Polónia, Lituânia, Estónia, Reino Unido, Letónia, Croácia e Eslováquia -, meta da qual Portugal ainda está distante, com os seus 1,44%, o mesmo valor da Alemanha e, ainda assim, acima de países como o Canadá (1,27%) e Espanha (1,01%).