NEGÓCIOS: Inteligência artificial vai eliminar a barreira da língua
Durante a sua intervenção no Web Summit, Vasco Pedro, da Unbabel, explicou como a Inteligência (IA) pode quebrar a barreira da língua, referindo ser uma questão que muitos cientistas tentam ultrapassar, dando o exemplo da invenção do Esperanto.
Mas a língua, segundo Vasco Pedro é o que identifica as tribos e os povos: “se falas a minha língua, então és próximo de mim”, o que permite abrir canais de confiança na comunicação entre os intervenientes. E por isso, este “problema” vai continuar a existir.
Relativamente às experiências de relações com os clientes, estas não são fáceis de traduzir, pelo menos, com a mesma facilidade como as línguas.
Considerando que todas as empresas têm como objectivo tornarem-se globais, para já, ainda há muita dependência das agências de comunicação e tradução, mas isso não chega para as necessidades cada vez mais exigentes dos grandes grupos.
A Unbabel utiliza um modelo híbrido na sua oferta, porque a empresa acredita que a IA sozinha não é suficiente, simplesmente porque lhe falta as emoções.
A sua solução passa por utilizar a inteligência artificial avançada para escalar as tarefas que normalmente demorariam muito tempo, aliados às tarefas e conhecimento cognitivo dos humanos.
A Unbabel quer assim facilitar a aproximação dos agentes aos clientes, gerindo o maior número de pessoas ao mesmo tempo.
Nesse sentido o suporte a clientes internacionais tem agora um novo apoio nas conversações: uma IA que pretende facilitar as traduções em tempo real, para pessoas que não falam a mesma língua, o Projecto Maia.
André Martins, vice-presidente de AI Re-search da Unbabel, já havia explicado que prestar suporte a clientes internacionais recorrendo a agentes humanos, que falem diferentes línguas é um recurso escasso e dispendioso.
O assistente de IA “aumenta” as capacidades do agente humano através de funcionalidades como tradução automática, sugestão de respostas, e monitorização da satisfação do cliente, preservando sempre a empatia humana ao longo da conversa.