NEWARK. Associação solidária homenageia 17 jovens com bolsas de estudo

A Organização Solidária João José ‘John’ Santos distinguiu 17 estudantes do ensino secundário com bolsas de estudo, numa cerimónia que decorreu ao longo dos meses de Maio e Junho, em várias escolas do estado de New Jersey. A entrega das bolsas assinala não só o empenho académico destes jovens, como também reconhece a sua resiliência face a desafios pessoais relacionados com saúde mental e perdas por suicídio.

Criada em homenagem a João José ‘John’ Santos — marido, pai, filho e amigo cuja vida foi tragicamente interrompida por uma doença mental —, a organização sem fins lucrativos tem vindo a crescer desde a sua fundação, com o objectivo de combater o estigma associado aos transtornos mentais e promover a prevenção do suicídio através da educação e da sensibilização.

Este ano letivo de 2024/2025 assume um significado especial para a sua fundadora, Augusta Santos. 

“Assinala-se o vigésimo aniversário do falecimento do John”, explicou. “O meu objectivo era conseguir entregar 17 bolsas de estudo, em memória dos 17 anos de casamento que tivemos. Sinto-me verdadeiramente abençoada por o ter conseguido.”

Os premiados representam diversas escolas do estado, incluindo, em Newark – no liceu East Side: Bruna Demetrio e Tania Ferreira.

Desde a sua criação, a iniciativa já permitiu entregar 64 bolsas de estudo, num total de 10.000 dólares. Os apoios têm como objectivo não só ajudar financeiramente estes estudantes na sua transição para o ensino superior, como também empoderá-los a continuarem a partilhar a sua mensagem de superação e empatia.

Uma missão que cresce com cada história

A missão da organização é clara: educar, sensibilizar e quebrar tabus. Acredita-se que o suicídio, embora complexo, pode ser prevenido se forem criadas condições para que as pessoas identifiquem e trabalhem os traumas do passado, recorrendo a ferramentas de autocuidado e apoio emocional.

“O conhecimento é o primeiro passo para compreender e aceitar a realidade das doenças mentais, que continuam a afectar milhões de pessoas em todo o mundo”, defende Augusta Santos.