New Jersey vê aumentar número de trabalhadores que adiam entrada na reforma

Trabalhar para além da idade da reforma numa foi algo associado ao “Sonho Americano”… mas cada vez mais residentes no estado de New Jersey, acima dos 65 anos de idade, se deparam com esta realidade.

O crescimento da população, as mudanças na Segurança Social e o aumento constante do custo de vida são alguns dos principais factores que levam a adiar a entrada na reforma – especialmente no “estado jardim”, segundo o estudo realizado pelo website financeiro LendingTree. Investigadores utilizaram dados recolhidos pelo U.S. Censos Bureau, entre o período de Março de 2022 e Abril de 2024, procurando os estados em que existe uma maior percentagem de pessoas acima dos 65 anos que ainda fazem parte do mercado de trabalho.

New Jersey conquistou o primeiro lugar neste estudo, já que, de acordo com números, 33,8% dos residentes em idade de reforma ainda estão no activo. Em Março de 2022, por volta de 20,3% dos americanos nesta faixa etária (65+) estavam empregues em New Jersey. Em Março de 2024, a percentagem saltou para os 33,8% – o suficiente para superar os 22% a nível nacional e conquistar o primeiro lugar do ranking.

Um em cada quatro pessoas são trabalhadores por conta própria (representando 24,2% do total analisado), e metade são trabalhadores de empresas privadas (50,5%). Segundo o mesmo estudo, apenas 10,3% representam o sector público.

O número de pessoas que declararam ter entrado na reforma também diminuiu, passado de 16,8% em Março de 2022 para 16,2% em Março de 2024. De uma forma geral, as percentagens caíram em 30 estados, sendo igualmente liderado por New Jersey (23%), Dakota do Norte (22.9%) e Connecticut (19.9%).

Além das mudanças populacionais, o aumento do número de trabalhadores em idade de reforma em estados como New Jersey também é impulsionado por questões financeiras, sugeriram os investigadores.

“Esses aumentos podem ser um sinal preocupante de que cada vez mais norte-americanos, e mais velhos, estão a precisar de mais dinheiro nos chamados ‘anos dourados’”, disse Matt Schulz, analista-chefe de crédito da LendingTree.

“A inflação pode estar a ter um grande impacto naquilo que a população achou que seria necessário para sobreviver durante a sua reforma”, acrescentou Schulz.

Outros factores – como os avanços realizados no requisito saúde, o aumento do número de pessoas que concluíram estudos no ensino superior, e um novo cenário de empregos mais flexíveis – também podem ser outras razões que mantêm os norte-americanos, mais tempo, no mercado de trabalho.