NEWARK: Empresário Jack Coelho lança nova obra biográfica
Por HENRIQUE MANO | News Editor | Newark
O empresário Jack Coelho, de 78 anos de vida e 64 de América, acaba de publicar mais uma obra literária biográfica. A edição de autor, intitulada “Uma Vida por Boas Causas”, resume em 96 páginas a trajectória de uma existência que se divide entre duas pátrias. O livro tem pesquisa e documentação de Alexandra Ramos e abraça não apenas as suas peripécias de vida e uma carreira bem sucedida de empresário no mundo da joalharia, como espelha a sua faceta de figura benemérita.
“O que faz de mim um benemérito”, diz Jack Coelho, em entrevista ao jornal LUSO-AMERICANO, “é algo que nasceu comigo, está no meu ADN. Gosto de fazer o bem e ajudar com obras de cariz humanitário. Faz-me sentir útil à sociedade.”
O emigrante Joaquim António Pinto Coelho, que nasceu em Ílhavo-Aveiro, não vacila quando lhe perguntamos de que obras postas de pé e iniciativas solidárias mais de orgulha: “o Monumento ao Homem do Mar, a igreja paroquial de S. Salvador de Ílhavo e o hospital de cuidados continmuados da St.ª Casa da Misericórdia de Ílhavo, e o hospitais Saint James e Saint Barnabas. Também tenho um grande carinho pela Igreja N.ª Sr.ª de Fátima aqui de Newark, que estevesempre ao serviço da minha família.”
Tinha 17 anos quando aterrou em Newark, pronto a iniciar uma nova vida na América. Lavou pratos no restaurante “Ibéria” mas foi a trabalhar numa fábrica de ouro que descobriu a sua verdadeira vocação… Casa-se, começa a dar vazão a encomendas de jóias em casa e, há cerca de 40 anos, “fundava a Jack & Dee Enterprises.” Que vai crescendo e se afirma como um nome de referência no sector.
“Hoje tenos e fazemos um pouco de tudo, de anéis de pedido de casamento a alianças e ouro importado de Portugal”, afirma Jack Coelho. “Os clientes pedem e nós fazemos: com diamantes, emblemas do Benfica também se arranja.”
Quando se fala em Ílhavo, há uma luz que se acende e lhe ilumina o rosto e a alma: que lugar lhe ocupa no coração? “representa tudo, a Capela da Légus, a minha igreja onde fui baptizado, a malhada onde aprendi a nadar, a nossa Costa Nova, a barra, os meus amigos… Cada vez que chego a Ílhavo, os meus pulmões enchem-se de ar puro. É uma das viagens mais lindas que faço para matar saudades.”
O sonho americano, esse, foi construindo paulatinamente – sempre com a esposa Adelaide ao seu lado; compra um bar, que vende a bom preço um ano e meio depois, e torna-se dono da sua primeira casa: “paguei em dinheiro vivo, não me individei para o fazer”, nota Coelho.
Porque a vida lhe foi correndo bem, também procurou sempre retribuir de alguma forma “fazendo o bem aos outros.”
Lembra com saudade a memória do avô, Joaquim Fernandes Pinto, que vivie em Carteret, NJ “e que foi um dos primeiros sócios do Sport Club Português. O meu pai andava embarcado e eu ficava sozinho.”
A joalharia ainda lhe ocupa mundo do tempo. A loja, no 54 da Magazine Street, funciona das 10:00 AM às 6:00 PM, com atendimento bilingue. “A nossa clientela é 50/50, portuguesa e americana”, arrisca Jack Coelho. “Mandamos encomendas para todo o país.”
Do alto de quem domina o que faz, considera o ouro português 19 quilates do melhor – “é 80% ouro, muito valioso. Já o de 14 quilates só tem 60%. O ouro”, ensina, “é um investimento como outro qualquer, cuja valor sobe e desce, como a moeda. Vale sempre a pena investir nele.”