NEWARK. FAA prolonga restrições de voos até Junho devido à falta de controladores e falhas técnicas

A Administração Federal de Aviação (FAA) dos EUA anunciou esta terça-feira que irá manter até Junho os limites de voos no aeroporto de Newark, o maior do estado de New Jersey, devido à escassez de controladores aéreos e a problemas técnicos recentes.

Desde 28 de Abril, quando uma falha nos sistemas de radar e comunicações deixou os controladores sem contacto com os aviões durante cerca de 90 segundos, cerca de meia dúzia de controladores entraram em licença por trauma, agravando a já reduzida equipa do centro de controlo de Filadélfia, responsável pelo tráfego aéreo da região.

Como medida provisória, a FAA impôs um limite de 28 aterragens e 28 descolagens por hora em Newark. Este número poderá aumentar para 34 de cada, a partir de meados de Junho, com o regresso dos controladores e a conclusão de obras na pista. Antes dos incidentes, o aeroporto operava com cerca de 38 a 39 movimentos por hora.

A FAA implementou actualizações de software e novas linhas de fibra óptica, que ajudaram a manter o radar operacional em falhas subsequentes. No entanto, a substituição completa do sistema de radar no centro de Filadélfia deverá demorar meses, mantendo-se vulnerabilidades na infraestrutura antiga.

O administrador interino da FAA, Chris Rocheleau, afirmou que o objetivo é “reduzir os atrasos excessivos causados por obras, falta de pessoal e falhas técnicas, cujos efeitos se propagam por todo o sistema nacional de aviação”.

Para cumprir os novos limites, as companhias aéreas terão de ajustar os seus horários, o que poderá resultar numa redução do número de cancelamentos, já visível nos últimos dias.

Os problemas em Newark têm sido apontados como exemplo da necessidade urgente de modernização do sistema de controlo aéreo dos EUA. O secretário dos Transportes, Sean Duffy, anunciou recentemente um plano de vários milhares de milhões de dólares para essa renovação. A Câmara dos Representantes incluiu, de forma preliminar, 12,5 mil milhões de dólares na proposta legislativa em curso, valor considerado apenas um primeiro passo.