NEWARK LIBERTY AIRPORT: Motorista exigem mudanças no local de trabalho
Para muitos, os vários trabalhos que fazem parte do mundo aeroportuário e que são necessários para que todos os dias, o Aeroporto Internacional Newark Liberty funcione, podem parecer pouco exigentes fisicamente… no entanto, são o contrário, principalmente com as temperaturas extremas de verão e quando as condições de segurança, não são garantidas.
Os motorista da empresa global de catering Gate Gourmet têm lutado para alcançar melhores condições no seu trabalho. Muitos queixam-se de motores exaustos devido ao calor extremo e sistemas de ar condicionado danificados, fazendo com que dentro das cabines dos seus camiões, – que no dia à dia, circulam na mesma pista que aviões e jatos – as temperaturas sejam ainda mais desconfortáveis.
Num trabalho que não à margem para erro, principalmente quando se fala em circular num local como este, muitos ficam receosos do que poderá acontecer – com a sua saúde e com aqueles que os rodeiam – se continuarem a sentir-se desconfortáveis com as temperaturas perigosas e exaustos como se têm sentido.
Quando contactada sobre as alegações, a empresa revelou estar “comprometida em fornecer um ambiente de trabalho seguro e gratificante” aos seus funcionários. “Temos um conjunto robusto de políticas e protocolos em vigor, incluindo um plano de prevenção de doenças derivada do calor. O plano envolve o fornecimento de água e sombra, oferecendo pausas do calor, monitorando o clima e o treinamento dos funcionários. Estas políticas estão em vigor há vários a- nos e são actualizadas regularmente”, explicaram.
Mas de acordo com os motoristas e seu sindicato, os protocolos da empresa não são suficientes.
Uma proposta de lei estadual poderia ajudar a melhorar esta situação, dizem os defensores. Se cruzar a linha de chegada, o S-2422/A-3521 forçaria os empregadores a obedecer a um “padrão de stress térmico” exigido pelo estado, para que aqueles trabalhadores que estão em risco de calor extremo, ou enfrentam uma potencial ordem de paragem de trabalho.
“Nenhum trabalhador tem que suportar condições de trabalho inseguras devido ao calor extremo”, disse um dos patrocinadores deste projecto de lei, o senador Joseph Cryan, que apoiou os motoristas do Gate Gourmet em uma recente conversa com a imprensa.
“Com temperaturas recorde que afectam o nosso estado, é vital que seja protegida a nossa força de trabalho dos perigos relacionados com o calor excessivo”, concordou a deputada Annette Quijano, outra patrocinadora da legislação que participou da conferência de imprensa realizada na semana passada.
A campanha dos trabalhadores aeroportuários também angariou o apoio do grupo de defesa Make the Road New Jersey.
No entanto, segundo os sindicatos, não são apenas os ares condicionados estragados que estão a aumentar o calor para os trabalhadores do Gate Gourmet.
De acordo com um comunicado da Unite Here: “Os prémios de cuidados com a saúde para o empregador, na Gate Gourmet, são altos, e muitos dos seus trabalhadores não são capazes de pagar pelo seguro. Após seis anos de negociação para um novo contrato sindical que forneceria melhores salários e cuida- dos de saúde bons e acessíveis, os trabalhadores das várias localizações onde o Gate Gourmet está em todo o país incluindo mais de 1.000 trabalhadores só no Aeroporto de Newark – ameaçaram entrar em greve já no dia 30 de Julho, se fossem autorizados pelo Conselho Nacional de Mediação.”
“Os meus colegas de trabalho e eu merecemos protecções contra o calor, e também merecemos saber que poderemos pagar o tratamento se ficarmos doentes com uma doença relacionada ao calor pelo nosso trabalho”, disse Ishan Rumph, motorista da empresa.