NEWARK. Se plano para construção da central eléctrica a gás for aprovado será uma “bofetada na cara”
O Departamento de Protecção Ambiental de New Jersey (NJDEP) deu permissão à Comissão de Esgoto do Vale de Passaic (PVSC) para iniciar a construcção da central de energia a gás natural na sua estação de tratamento de águas residuais localizada no n.º 600 da Wilson Avenue, foi avançado esta quarta-feira.
O assunto está agora sob revisão, num período correspondente a 45 dias, entregue à Agência de Proteção Ambiental dos EUA, revelou um porta-voz da comissão de esgotos aos meios de comunicação social, recusando-se a fazer mais comentários sobre o tema.
Se a licença aérea federal for concedida, o NJDEP pode emitir uma decisão final e o projecto pode prosseguir. Mas se isso acontecer, será uma “bofetada na cara” das pessoas que vivem na zona, dizem os defensores.
Os críticos da proposta incluem o próprio presidente da Câmara de Newark, Ras Baraka, que emitiu um comunicado na passada quarta-feira, criticando as últimas notícias:
“Numa cidade que luta para se livrar de décadas de injustiças ambientais, a aprovação do Estado para a construção da quarta central eléctrica a gás de Newark pela Passaic Valley Sewerage Commission é um ataque que estamos preparados para combater em tribunal. Já poluída pelo maior incinerador de lixo de New Jersey, sufocada diariamente por gases de gasóleo de milhares de camiões de contentores, coberta com mais do que a sua quota-parte de chaminés e lixo tóxico, Newark considera esta decisão uma bofetada na cara de todos os residentes. Nós merecemos algo melhor. Defendendo firmemente o povo de Newark, rejeito totalmente esta decisão e exijo que as necessidades de fontes de energia de reserva da PVSC relacionadas com tempestades sejam satisfeitas com energia limpa e renovável e tecnologias de reforço da rede que não ameacem a nossa saúde e agravem a crise climática. Para repetir o que disse em cartas ao governador Phil Murphy, declarações aos meios de comunicação social e comentários públicos: Newark não vai aceitar nenhum projeto energético discriminatório que inflija mais danos aos nossos residentes e aos trabalhadores que vêm aqui para revigorar a economia do estado.”
“Existem alternativas viáveis para uma central alimentada a gás”, concluiu Baraka. “Existe uma alternativa compassiva à opressão. E há alternativas mais fáceis e menos perturbadoras ao litígio.”