Noite de Fados regressa à comunidade lusa de St. Petersburg após ausência de 6 anos

Após uma longa interrupção de seis anos, a “Noite de Fados” na Portuguese-American Suncoast Association (PASA) de St. Petersburg, FL, luntária chefe de cozinha, Angelina Moreira, e a sua equipa de ajudantes. Só quando o ruído de pratos e talheres parou, é que se deu início à grande e esperada “Noite de Fados”, que se interrompeu apenas no intervalo de sobremesas, cheirinhos e cafés.

Um pilar significante na cultura portuguesa, o fado, nas cordas das guitarras e nas vozes de três diversas vozes fadistas, encheu a casa de melodia surreal, orgânica e pura, penetrando o coração de todos, até dos que desconhecem o idioma, pois o fado às vezes não necessita de palavras. Sim – as guitarras choraram nas mãos destras de Viriato Ferreira e José Luís Iglésias. E o sangue corria no timbre nostálgico ou vivo, distinto entre as artistas. Desde o tom suave e robusto da iniciante Simone Castro; o estilo versátil e versado de Fátima Santos; e a eloquente forma expressiva de interpretar o fado de Sónia Bettencourt, com todo o corpo e alma, numa voz abrangente de várias oitavas, que desliza entre o potente e o gemido, evocando sentimentos adormecidos. Encantada pelo fado, a plateia ouvia e aplaudia, mais ainda pelos números familiares no reportório dos artistas.