Noite do Pinheiro dá início a Festas Nicolinas em Guimarães
Milhares de pessoas encheram as ruas de Guimarães na terça-feira para participar ou ver passar o cortejo do Pinheiro que marca o início das Nicolinas, as festas dos estudantes do ensino secundário vimarenses. A tradição voltou a cumprir-se depois de dois anos em que as limitações da pandemia de covid-19, impedirem as pessoas a saírem para a rua em massa.
Com as saudades que o povo já tinha da festa, estavam reunidas as condições para uma grande “Noite do Pinheiro”. Desde manhã de terça-feira, ouviu-se o toque nicolino por todo o lado, com as pessoas a fazerem as últimas afinações nas caixas e nas zabumbas (bombos). Nos quatro sábados anteriores, o toque foi ensaiado durante as “Moinas”.
O pinheiro (árvore oferecida há mais de 80 anos pela mesma família) foi cortado na manhã de terça-feira e às 23h desse dia, quando a junta de bois começou a puxar a árvore, além dos novos e dos velhos nicolinos que integram o cortejo, havia milhares de pessoas nas ruas da cidade. Uns integraram-se na marcha, outros limitaram-se a ficar nos passeios a ver passar o cortejo. Todos com caixas ou bombos. Parecia que não havia vimaranense que não tivesse um objecto destes.
“Os restaurantes estão todos cheios nesta noite, principalmente aqui no centro. As pessoas evitam conduzir, numa noite em que se bebe mais. As marcações ficam de um ano para o outro. Há dez anos que sirvo sempre os mesmos grupos. O ano passado, houve um que saiu porque os elementos tiveram todos covid, mas foi logo preenchido por outro”, relata Pedro Fernandes, do restaurante Buxa, no largo da Oliveira.