NOVA IORQUE: Sob o lema “Mais perto dos portugueses”, Consulado-Geral retoma visitas consulares às comunidades
Por HENRIQUE MANO | News Editor | Nova Iorque
O Consulado-Geral de Portugal em Nova Iorque retomou quinta-feira, 29 de Setembro, as visitas consulares a sedes de associações lusas. A iniciativa vai de encontro tanto àquilo que as comunidades têm solicitado, incessantemente, junto das autoridades portuguesas, como da promessa feita pela cônsul-geral Luísa Pais Lowe, aquando da sua chegada no início deste ano.
A primeira visita levou uma equipa consular ao Portuguese-American Cultural Center de Tarrytown, no condado de Westchester, composta pela própria cônsul-geral Luísa Pais Lowe, a chanceler-interina Teresa Santos Costa e o técnico superior Hugo Santarém; munidos de um quiosque portável de captação de dados biométricos, atenderam vários concidadãos das 10:00 da manhã às 5:00 da tarde.
“Estão previstas mais três visitas até ao final deste ano, atendendo a uma diversidade geográfica para que possamos atender o maior número de áreas possível”, avança a cônsul-geral Luísa Pais Lowe, em declarações ao jornal LUSO-AMERICANO. “Ainda não estou em condições de confirmar datas, mas posso adiaantar que voltaremos a Westchester e iremos a Long Island e que haverão mais três dias de serviços consulares em clubes portugueses.”
O contabilista John Sampaio foi um dos utentes atendido em Tarrytown, município, aliás, em que reside. “A vantagem principal, para a maior parte das pessoas, deste serviço, é evitarmos a deslocação a Manhattan”, nota Sampaio, que precisou de renovar o seu passaporte português. “Sobretudo para quem trabalha e não se pode ausentar durante muito tempo, é bastante vantajoso. Espero sinceramente que o possam continuar a fazer.”
A distância do consulado-geral em relação aos pólos de presença portuguesa, é uma das razões transversais apontadas pelos utentes. “Vim para renovar o cartão de cidadão”, diz Adélia Ferreira, residente em Yonkers, “e estava a dizer ao meu marido como isto é útil à comunidade. Evita-se a deslocação a Manhattan, que consome muito tempo e se torna muito caro, até pelo estacionamento. Eu já lá fui, tive de lá ir, mas isto é maravilhoso!”
Continuar em 2023 com este serviço de proximidade (o lema é mesmo “mais perto dos portugueses”), faz parte dos planos de Pais Lowe, que, no entanto, ressalva: “Estou sempre condicionada pelos recursos humanos do consulado; neste momento, temos dois funcionários aqui nesta acção consular mas a sede do consulado em Manhattan está aberta com outros três funcionários a atender público.”
As visitas consulares priorizam “o tipo de serviço que nos é pedido com mais frequência: cartões de cidadão e passaportes”, explica a cônsul-geral. “Também trouxemos literatura que dá as indicações necessárias para quem queira pedir a nacionalidade, certificado de bagagem ou registar o casamento, outros pedidos que nos solicitam mas a que não podemos dar resposta aqui por serem processos mais complexos.”
Com o quiosque móvel de que se muniram, “em média, cada acto consular demora 20 minutos”, adianta a diplomata, que pretende ainda “maximizar e optimizar. Podemos sempre fazer melhor e mais, tendo os recursos necessários e usando-os bem.”