Novos balanços apontam para 123 pessoas mortas na sequência dos 165 incêndios florestais activos no Chile
Pelo menos 123 pessoas morreram e 15 mil habitações, que albergavam cerca de 40 mil pessoas, ficaram destruídas devido aos incêndios florestais que estão actualmente a assombrar o Chile, anunciaram as autoridades num novo balanço divulgado, acrescentando que os bombeiros continuam a combater os cerca de 165 incêndios activos.
O Serviço Médico Legal do Chile anunciou, após o novo balanço, que começará em breve a entregar os corpos às famílias das vítimas. Estão a ser recolhidas amostras de ADN junto das mesmas, mas até à data só foram identificados e entregues 32 corpos.
Num balanço anteriormente revelado na segunda-feira, eram apontadas 112 vítimas mortais e 40 focos activos, dizendo o Governo que este aumento significativo aponta para uma “manifesta intencionalidade” nestes novos focos.
Segundo Jacqueline Atenas, habitante chilena de Valparaíso (zona bastante afectada), milhares de famílias ficaram com as suas casas reduzidas a cinzas, ardendo estas “como se alguém lhes tivesse atirado gasolina”.
As autoridades chilenas salientaram que esta é a maior emergência natural que o país viu desde o terramoto de 2010, que provocou no total, 525 mortos e milhares de feridos no sul do país.
Na sequência dos incêndios, o Presidente chileno impôs o estado de excepção para “ter todos os meios necessários”.
As autoridades mobilizaram 19 helicópteros e mais de 450 – bombeiros para combater as chamas.
A onda de calor, resultante do fenómeno climático El Niño, atinge actualmente o sul da América Latina, agravada pelo aquecimento global.
A onda de calor ameaça outros país nos próximos dias, como por exemplo, a Argentina, o Paraguai e o Brasil.