O mundo “tem de descobrir” os talentos portugueses, diz directora de “casting”
A directora portuguesa de ‘castings’ Patrícia Vasconcelos inicia, no dia 28, em Lisboa, uma nova edição do programa Passaporte, porque “o mundo tem de descobrir” os talentos da representação nacional, disse à agência Lusa.
“Como é que tanto talento nacional fica confinado ao nosso país? A mim fazia-me confusão. As pessoas têm de ter mais oportunidades fora, o mundo tem de descobrir estes talentos”, exclamou Patrícia Vasconcelos, que criou em 2016 este projeto dedicado à promoção e internacionalização de atrizes e actores portugueses.
Este ano, o Passaporte conta com 16 participantes, de várias gerações, uns mais conhecidos do que outros, que fazem cinema, televisão e teatro sobretudo em Portugal, e que se darão a conhecer e ao seu trabalho a vários diretores de casting.
Entre os selecionados estão as atrizes Ana Sofia Martins, Bárbara Branco, Joana Santos, Beatriz Godinho, Carlota Crespo, Ema Sofia Fonseca, Joana Santos, Leonor Vasconcelos, Mariana Cardoso e Raquel Rocha Vieira.
A elas juntam-se Virgílio Castelo, Rui Maria Pego, Nuno Nolasco, José Condessa, Filipe Cates, David Medeiros e Ângelo Rodrigues.
Cerca de vinte directores de casting e agentes internacionais, sobretudo de França, Reino Unido e Estados Unidos, juntam-se a esta edição do Passaporte, não só para procurar talentos, mas também para participarem em alguns worskops e para falarem deste mercado.
Destaque para a presença da premiada directora de casting Nina Gold, cujo currículo inclui o último filme da série “Indiana Jones”, três da saga “Guerra das Estrelas”, as séries “Guer-ra dos Tronos”, “The Crown” e “Chernobyl”.
Kate Rhodes James, que fez seleção de elencos para a série “House of the Dragon” e que está atualmente a trabalhar para o filme “Gladiador 2”, de Ridley Scott, Debbie McWilliams, que escolheu o elenco de 13 filmes James Bond, e Marcela Altberg, responsável pelo departamento de casting na Amazon Studios Brasil, também vão estar no Passaporte.
“O que é importante aqui é proporcionar oportunidades aos atores que vivem em Portugal, de poderem ser equacionáveis a um casting que não seja em Portugal”, explicou Patrícia Vasconcelos.