Os luso- americanos que Joe BIDEN poderá levar para a sua administração
Em cerca de dois meses e meio, o presidente-eleito Joe Biden vai montar o gabinete com o qual deverá governar nos próximos quatro anos. Irá algum luso-americano fazer parte dele? Que postos na Casa Branca poderão vir a estar ao alcance de profissionais de origem portuguesa?
O primeiro luso-descendente a assumir um papel de preponderância na cena política americana recente, foi o ex-congressista Tony Coelho, que o então vice-presidente e ex-candidato a presidente Al Gore escolheu para chefe de campanha. Foi precisamente na administração Clinton, de que Gore fez parte, que um luso-americano chegou à posição de vice-secretário.
Conheça as quatro figuras que poderão vir a integrar a administração Biden:
Irá Biden repescar o advogado luso-americano de 51 anos que liderou o Gabinete de Estratégia Política da Casa Branca durante a administração Obama? David Simas é presentemente CEO da Fundação Obama e vive em Chicago. Não há memória de outro luso-descendente que tenha tido acesso tão próximo ao Salão Oval e a quem um presidente americano tenha dado ouvidos frequentemente. Nasceu em Taunton, MA, filho de António Simas, imigrante de Faial da Terra, São Miguel, Açores, e de Deolinda Matos Simas, de Abela, Alentejo. Os dois portugueses emigraram para Massachusetts nos anos 1960.
Todas as imagens oficiais dos 8 anos da presidência Obama saíram das objetivas do repórter fotográfico Pete Souza, que exercera funções idênticas na administração Reagan. Souza trabalhou também para o diário ‘Chicago Tribune’, em Washington, DC, e vive agora em Madison, WI. Pete nasceu em New Bedford, MA, filho de uma enfermeira e de um mecânico de barcos; os seus quatro avós são oriundos dos Açores. Irá o presidente-eleito acabar com a sua reforma?
O cientista de 75 anos já fez parte de duas administrações norte- americanas – as de Clinton e Obama. Entrou para a história como o 13.º Secretário de Energia dos EUA e poderá voltar a ocupar o cargo: de acordo com o portal ‘Politico’, uma autoridade em informação política, o neto de imigrantes portugueses poderá ser apontado como a escolha de topo de Biden para voltar ao posto. Ernest Moniz nasceu em Fall River, MA, filho de Georgina Pavão Moniz e de Ernest Perry Moniz; todos os seus avós emi- graram de São Miguel, Açores, para a América.
Poucos luso-americanos terão subido tão alto na hierarquia militar dos EUA como o general Paul Joseph Selva, filho do imigrante português Domingos Trindade Selva, natural da freguesia de Rabo de Peixe, São Miguel (Açores). Selva, que chegou a vice-presidente do Estado-Maior Conjunto, esteve ao serviço de duas administrações (Barack Obama e Donald Trump) e entrou na reforma a 1 de Agosto do ano passado, com apenas 62 anos de idade. A proeza do general luso-descendente, que cresceu nos Açores até à entrada para a universidade, não é coisa pouca: como ‘Vice- Chairman of the Joint Chiefs of Staff’, posição que ocupou de 31 de Julho de 2015 a 1 de Agosto de 2019, Paul Selva foi o segundo oficial militar mais elevado da nação e o mais alto no conjunto da Força Aérea. Irá Biden tirá-lo da reforma?