PAPA FRANCISCO. Funeral do Sumo Pontífice vai realizar-se sábado
O Papa Francisco, o 266.º Papa da Igreja Católica, morreu na manhã de segunda-feira, aos 88 anos, após ter sofrido um AVC que conduziu ao coma e a uma paragem cardíaca irreversível, na residência na Casa Santa Marta, na Cidade do Vaticano.
Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta a 23 de Março. A última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer.
Nascido em Buenos Aires, em 17 de Dezembro de 1936, foi o primeiro jesuíta a chegar à liderança da Igreja Católica. Tornou-se Papa em 2013, depois da renúncia do seu antecessor, Bento XVI. O seu pontificado de 12 anos fica marcado pela inovação, pelo combate aos abusos sexuais, guerras e por ainda imortalizar a ideia que na Igreja há espaço para “todos, todos, todos” – frase que marcou a sua passagem pela Jornada Mundial da Juventude (JMJ) realizada em Lisboa, em 2023.
As cerimónias fúnebres do Sumo Pontífice vão realizar-se no sábado, dia 26 de Abril, na Praça de São Pedro. Já hoje, quarta-feira, o corpo de Francisco será levado para a Basílica de São Pedro.
No testamento, que escreveu em 2022, o Papa Francisco deixou, sobretudo, instruções sobre o que devia ser feito após a sua morte. Pediu para ser sepultado em Santa Maria Maggiore, entre a Capela Paulina e a Capela Sforza, num “túmulo na terra, simples”.
“Sem decorações particulares e com uma única inscrição: Franciscus”, escreveu o Papa.
As despesas para a preparação do enterro devem ser “cobertas com a quantia deixada por um benfeitor”.
No final do texto pede “que o senhor dê a merecida recompensa” aos que o amaram e vão continuar a rezar.
“O sofrimento que se tornou presente na última parte da minha vida ofereci ao Senhor pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos”, concluiu Francisco.
O Vaticano entrou agora no período de ‘Sede Vacante’, liderado pelo cardeal camerlengo Kevin Farrell, e inicia agora a missão de eleger um novo Sumo Pontífice – escolhido pelo Conclave – que deverá começar daqui a duas semanas.
Debaixo de regras rígidas e segredo absoluto, a assembleia de cardeais, composta por 252 cardeais, é precedida da missa ‘Pro eligendo Pontifice’, onde os cardeais pedem apoio espiritual na escolha do novo Papa. Segue-se uma procissão solene para a Capela Sistina, onde decorre a reunião.
Dos 252 cardeais em funções, apenas 135 podem votar, sendo que só votam aqueles que têm menos de 80 anos.
Note-se que desses 135 cardeais que podem votar, quatro são portugueses: Américo Aguiar, José Tolentino de Mendonça, António Marto e Manuel Clemente.
Com o Papa escolhido, os boletins de voto serão queimados com um aditivo que faz com que o fumo, que sai pela chaminé da Capela Sistina, seja branco.
Durante o escrutínio, enquanto não há uma decisão, sai fumo preto da chaminé.
O Sumo Pontífice será apresentado à multidão na varanda da Basílica de São Pedro com as palavras: “Annuntio vobis gaudium magnum: Habemus Papam! (Anuncio-vos com alegria que temos Papa, em português).