Parte 1.º grupo de migrantes que aceitou sair voluntariamente dos EUA
O primeiro grupo de migrantes sem documentos que aceitou receber mil dólares para se ‘autodeportar’ deixou os Estados Unidos esta segunda-feira, num voo para as Honduras e a Colômbia, de acordo com o Departamento do Interior.
Um total de 64 migrantes seguiam a bordo do avião, que descolou de Houston, no Texas, no sul dos Estados Unidos.
“Cada um deles recebeu assistência em viagem, um subsídio de mil dólares e manteve a opção de um dia poder regressar legalmente aos Estados Unidos”, detalhou um comunicado.
Em detalhe, 38 pessoas regressaram às Honduras e 26 à Colômbia.
A secretária do Interior, Kristi Noem, pediu que outras pessoas sem documentos nos Estados Unidos aproveitem o programa de deportação, chamado “Projecto Regresso a Casa”.
“Controle como sai e receba apoio financeiro para voltar para casa. Se não o fizer, provavelmente será multado, preso, deportado e nunca mais poderá regressar”, alertou Noem.
Donald Trump prometeu durante a sua campanha eleitoral deportar milhões de imigrantes indocumentados e já tomou várias medidas desde que tomou posse em Janeiro com o objetivo de acelerar as deportações.
O Supremo Tribunal autorizou recentemente o executivo de Trump a revogar o programa de imigração que concede estatuto legal temporário no país a cerca de 350 mil venezuelanos.
O mais alto tribunal americano, de maioria conservadora, respondeu assim favoravelmente a um pedido da secretária da Segurança Interna, Kristi Noem, que pretendia poder retirar este estatuto enquanto decorriam os processos judiciais sobre a matéria, que irão prosseguir nos tribunais inferiores.
A Casa Branca pediu este mês ao Supremo Tribunal que a autorize a acabar com a protecção legal de mais de 500.000 imigrantes de Cuba, Haiti, Nicarágua e Venezuela.
O executivo Trump tem procurado desmantelar as políticas do ex-presidente democrata Joe Biden que criaram novas formas de as pessoas viverem legalmente no país, geralmente durante dois anos com autorização de trabalho.
Os beneficiários incluíram mais de 500 mil cubanos, haitianos, nicaraguenses e venezuelanos que entraram no país com licenças de dois anos desde o final do ano de 2022 e com autorização para trabalhar.