Pesca do bacalhau proibida no Golfo do Maine durante seis meses
Num esforço para deter quedas dramáticas na população de bacalhau, os funcionários federais que supervisionam a indústria da pesca nos Estados Unidos, anunciaram esta semana medidas sem precedentes que proibem toda a pesca comercial e não só, de espécies emblemáticas da região do Golfo do Maine.
As novas regras, que vão durar para os próximos seis meses, preveem expandir as áreas onde a pesca do bacalhau já foi banida e agora também se aplicam aos pescadores recreativos. A partir de agora aplica-se a lei a pescadores de barcos de recreio que podem pescar um máximo de 200 libras de bacalhau ao mesmo tempo que se vai aplicar uma lei aos pescadores de arrasto para que reduzam o tamanho das redes de forma a reduzir as capturas acessórias.
Contudo, nos próximos seis meses “ninguém pode pescar bacalhau no Golfo do Maine,” disse John Bullard, administrador dda Administração Oceânica e Atmosférica Nacional. “Ninguém pode arrastar qualquer arte que possa capturar bacalhau.”
As decisões provisórias podem tornar-se permanentes quando a próxima temporada de pesca começar em Maio próximo, disse Bullard.
Os cortes vêm depois de o Conselho de Gestão da Pesca da Nova Inglaterra no ano passado ter reduzido a captura de bacalhau para 1550 toneladas métricas por ano – 77 por cento menos do que foi autorizado em 2012.
Entretanto, os comerciantes portugueses já estão a preparar o Natal e intensificaram as compras de bacalhau, que registaram um acréscimo de 76% em Outubro, segundo dados do Norge (Conselho Norueguês da Pesca).
O delegado da Norge em Portugal, Christian Nordahl, adiantou à Lusa que as importações de bacalhau da Noruega devem ter um comportamento semelhante em Novembro e Dezembro «para assegurar que as lojas têm bacalhau para o Natal».
«Todos os retalhistas estão à procura de bacalhau nesta altura para evitar ruturas de ‘stock’. Além disso, precisam também de ter bacalhau em Janeiro e Fevereiro», salientou.
O bacalhau do Maine é vulgarmente usado fresco nos mercados.