Plano de paz em Gaza será apresentado à ONU e espera a aprovação do Hamas

A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Linda Thomas-Greenfield, adiantou esta segunda-feira, através de um comunicado, que os norte-americanos “distribuíram um novo projecto de resolução do Conselho de Segurança que apoia a proposta em cima da mesa para parar os combates em Gaza através de um acordo sobre um cessar-fogo e a libertação dos reféns”.

“Muitos líderes e governos, inclusive na região, apoiaram este plano e apelamos ao Conselho de Segurança para se juntar a eles no apelo à implementação deste plano sem demora e sem novas condições”, sublinhou.

“O Conselho de Segurança deve insistir no facto de que o Hamas deve aceitar este plano”, acrescentou Thomas-Greenfield, estimando que os membros do Conselho já concordam com as linhas principais do acordo: libertação de reféns, cessar-fogo, aumento da ajuda humanitária, reconstrução a longo prazo de Gaza.

O Governo norte-americano defendeu na segunda-feira a proposta anunciada Joe Biden, que tem sido criticada por membros do executivo israelita. Netanyahu, que tem insistido que quer uma “vitória total” sobre o Hamas, evitou comprometer-se com a proposta de trégua e garantiu que o plano detalhado por Biden estava incompleto.

Na segunda-feira, a Casa Branca indicou que adopção do plano dependia agora apenas do Hamas. Este, por sua vez, indicou ter recebido positivamente a proposta apresentada.

De acordo com Biden, Israel teria proposto ao Hamas uma primeira fase de um cessar-fogo de seis semanas em que as tropas se retirariam das zonas povoadas de Gaza e vários prisioneiros palestinianos seriam libertados em troca da libertação de mulheres, idosos e feridos raptados.

A segunda fase consistiria no fim permanente das hostilidades e ainda na libertação dos restantes reféns; enquanto a terceira, e última fase, seria dedicada à reconstrução da Faixa de Gaza.