Polónia prepara-se para possível invasão russa e reforço do Exército em 15 mil soldados
O Exército polaco será reforçado com 15.000 novos soldados este ano, como parte de um plano para ampliar a sua capacidade militar e melhorar os resultados obtidos em simulações militares contra uma hipotética invasão russa.
O ministro da Defesa da Polónia, Mariusz Blaszczak, anunciou que 8.000 desses 15.000 recrutas já estão “operacionais”, depois de terem completado 28 dias de treino básico, e que a partir de hoje outros 1.000 jovens começam a instrução, em 16 quartéis de vários pontos do país.
O programa de expansão do Exército polaco inclui duplicar o número de efectivos, aumentar os gastos com Defesa para 3% do Producto Interno Bruto (PIB) e modernizar o equipamento, com a compra de 250 tanques Abrams e 32 aviões F-35.
O presidente do partido do Governo polaco, Jaroslaw Kaczynski, disse em Kielce que é importante fazer perceber aos inimigos que “não vale a pena atacar”, sublinhando que a doutrina de Defesa da Polónia consiste em “defender a fronteira (com a Rússia)”.
Para o cientista político Karol Kowalski, da Universidade de Cracóvia, as manobras militares realizadas pretendem avaliar se a Polónia “será capaz de resistir a um ataque por três semanas, até receber reforços aliados”.
Nessa simulação, descrita pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, como “a maior mobilização desde 1989” realizada pelo Exército, concluiu-se que, perante uma invasão russa, a Marinha e a aviação polacas seriam practicamente suprimidas nos primeiros cinco dias de combate, bem como todas as forças terrestres a leste do rio Vístula.
Na última cimeira da NATO, foi anunciado o estabelecimento na Polónia do quartel-general do 5º Corpo de Exército dos EUA, decisão que Duda qualificou de “muito importante” e que, na sua opinião, “reforça a segurança polaca”.