PORTUGAL-ANDORRA: I Liga portuguesa quase ‘imperceptível’ na seleção lusa
A I Liga portuguesa de futebol só teve direito a dois convocados para os próximos três encontros da seleção das ‘quinas’, o mais baixo número em mais de seis anos de Fernando Santos como selecionador nacional.
O médio Sérgio Oliveira, do FC Porto, que soma apenas quatro internacionalizações ‘AA’, com 77 minutos disputados, e o estreante avançado Paulinho, do Sporting de Braga, são os ‘irrelevantes’ representantes do principal campeonato luso.
Pela primeira vez na ‘era’ Fernando Santos, que se estreou em 11 de Outubro de 2014 e é o técnico com mais jogos (76), o técnico luso nem chamou qualquer jogador de Benfica ou Sporting, e por opção, não pela lesão de qualquer jogador que pretendesse chamar.
Em matéria de lesionados, falta apenas o central portista Pepe, que, aos 37 anos, é o único jogador do campeonato luso – ao qual regressou em 2018/19, após 10 épocas no Real Madrid e uma e meia no Besiktas – habitualmente titular da formação das ‘quinas’.
Nas duas anteriores convocatórias iniciais, Fernando Santos já havia batido o seu recorde de mínimo de jogadores da I Liga, ao chamar apenas quatro, primeiro para os jogos com Croácia e Sérvia, em agosto, e depois para os embates com Espanha, França e Suécia, os últimos de Portugal, em outubro.
Dessas duas eleições para a atual, ‘caiu’ Pepe, mas também o central Rúben Dias, ao trocar o Benfica pelo Manchester City), quando era há muito titular indiscutível, e o médio Danilo, contratado pelo Paris Saint-Germain ao FC Porto, que era muitas vezes escolhido para o ‘onze’ por Fernando Santos.
O agora jogador dos franceses ainda entrou como portista nas duas listas, enquanto atual futebolista dos ingleses foi chamado como benfiquista para os embates com croatas e sérvios.
Antes, já tinham partido outros, como o médio Bruno Fernandes, que trocou o Sporting, no qual ainda se ‘aguentou’ dois anos e meio, pelo Manchester United, já depois também de se impor na equipa titular de Portugal.
Um outro ‘fenómeno’ que explica esta situação é a saída cada vez mais prematura dos jovens valores lusos, como aconteceu com Bernardo Silva, Renato Sanches, João Félix e, mais recentemente, Trincão, que trocou o Sporting de Braga pelo FC Barcelona.
O veterano Pepe é, agora, o único habitual titular da seleção lusa com o ‘selo’ da I Liga portuguesa, cujas equipas têm vários titulares de seleções, mas de outras latitudes.
O Benfica tem titulares de várias seleções poderosas, como Brasil (Everton), Argentina (Otamendi), Bélgica (Vertonghen) e Suíça (Seferovic), e convocados com assiduidade para outros, casos de Alemanha (Waldschmidt) e Uruguai (Darwin Núñez).
Por seu lado, o FC Porto conta com ‘craques’ de outras locais, com a Colômbia (Uribe e Luis Díaz) ou o México (Corona), e o Sporting entra habitualmente nas convocatórias de Uruguai (Coates), Colômbia (Borja) ou Equador (Gonzalo Plata).
© Luso-Americano/Agência Lusa