Português à frente de gigante automóvel começa “história maravilhosa” amanhã, dia 16

Hoje, dia 15 “arranca” o quarto maior grupo automóvel do mundo. Os accionistas da Peugeot Citroën (PSA) e da Fiat Chrysler (FCA) aprovaram a criação da aliança Stellantis, com a missão de brilhar em todos os continentes a partir de amanhã. A votação em assembleia geral foi praticamente unânime: 99,95% de acordo com esta combinação.

Carlos Tavares vai ser o líder da aliança, com presença em todos os continentes. O português já se manifestou pronto para a fusão, “para criar valor e para avançar para a próxima fase desta história fabulosa”.

As acções da Stellantis vão ser cotadas nas bolsas de Paris e de Milão a partir do dia 18 deste mês; no dia seguinte, começarão a ser negociadas na praça de Nova Iorque. A sede fiscal deste porta-aviões dos carros ficará instalada nos Países Baixos.

O novo gigante automóvel venderá um total de 7,9 milhões de veículos e conta obter receitas de 180 mil milhões de euros, segundo os resultados agregados de 2019, que correspondem a 2,3 vezes o valor do empréstimo da troika a Portugal. Além de Peugeot, Citroën, Fiat e Chrysler, a nova aliança automóvel vai reunir e manter marcas como Alfa Romeo, Jeep, Lancia, Maserati, Dodge e Ram.

Os dois grupos vão ter vantagens mútuas com esta união: a PSA passará a ter acesso ao continente norte-americano; a FCA poderá reduzir as emissões da sua frota sem ter de comprar à Tesla créditos de emissões de dióxido de carbono, avaliados em 1,8 mil milhões de euros e que permitirão ao grupo italo-americano evitar as multas dos Estados Unidos e da Comissão Europeia.