PORTUGUESA RADICADA EM NOVA IORQUE ESTÁ HÁ 5 ANOS À ESPERA DE UM TRANSPLANTE DE RIM

Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO

Três vezes por semana, e de há cerca de 2 anos a esta parte, a portuguesa Elvina Gago faz o trajecto entre a sua casa de Brooklyn e o Mount Sinai Hospital, em Manhattan, para um ritual que espera um dia eliminar da sua rotina: as sessões de hemodiálise.

Gago, que passou parte da infância nos Estados Unidos antes de, em Janeiro de 1977, se ter fixado permanentemente no país, nasceu em Angola filha de algarvios de Olhão e cresceu em Portugal. “Sou deveras algarvia e adoro o Algarve”, afirma, em entrevista ao jornal LUSO-AMERICANO.

Portadora de doença renal em fase final, Elvina Gago precisa urgentemente de um transplante de rim. Está na lista de espera do Recanati/Miller Transplantation Institute do

Mount Sinai, em Nova Iorque, há 5 anos. Quer apenas voltar a ter uma vida normal…

Quem tiver de 18 a 60 anos de idade, estiver em bom estado de saude e viver no eixo Nova Iorque-New Jersey, poderá tornar-se dador. “O meu seguro de saúde pagará por todas as despesas envolvidas num potencial trasplante, tanto a mim como ao dador”, afirma Elvina Gago.

A portuguesa garante nunca ter consumido bebidas alcoólicas ou drogas; fumou o seu último cigarro há 35 anos. No entanto, há 16 anos que luta contra problemas renais; há um ano e meio, “tive de fazer uma escolha: fazer hemodiálise para poder continuar a viver.”

Hoje, “tenho um máquina externa que parcialmente funciona como se fosse um rim, limpando o meu sangue e devolvendo-o ao meu organismo.”

Durante as horas de diálise, lê, ouve música, vê televisão e fala com amigos ao telefone. “Por vezes é muito desgastante e exige muito de nós, física e emocionalmente”, afirma. “É particularmente doloroso quando as duas agulhas são inseridas no meu braço.”

Elvina Gago passou de uma pessoa normal, que andava cerca de 20 quarteirões por dia, a não ter energias hoje para percorrer metade de um – “falta-me logo a respiração.” Diz sonhar ter “uma vida saudável e longo ao lado do meu marido, na reforma. O rim vindo de um cadáver dar-me-ia de 7 a 10 anos de vida saudável, já o de um dador vivo alongaria esse período para cerca de 20 anos.”

COMO AJUDAR?

Se estiver interessado em ser dador, é favor ligar para o número de telefone (212) 659-8024, a linha de dadores do Mount Sinai Hospital.

Mencione o nome de Elvina Gago como receptora do órgão. Pode manter-se anónimo se assim o desejar.

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