Portugueses a caminho da Ucrânia
Depois do apelo de Volodimir Zelensky a todos os que se quisessem juntar à defesa “da Ucrânia, da Europa e do mundo”, já mais de 15 mil estão a caminho da nação “para proteger a liberdade e a vida”.
De acordo com o jornal Público, ex-militares portugueses – e não só – já responderam ao apelo e preparam-se para viajar para a Ucrânia.
O grupo conta com ex-membros dos Comandos, dos Pára-Quedistas, do Exército Brasileiro e um Ucraniano. Um dos membros dos comandos esteve presente na intervenção militar na República Centro-Africana.
“Vamos todos como voluntários apoiar as populações”, refere o ex-militar, que diz estar a reagir ao apelo de Zelensky.
Apelam ao apoio tanto da comunidade portuguesa como da de outros países, no que for possível. Agradecendo as doações que têm sido feitas, e que já permitiram carregar cinco camiões com ajuda humanitária a partir do seminário Cristo Rei, em Vila Nova de Gaia.
Seguem como voluntários para se juntarem à “legião estrangeira”, o conjunto de pessoas de várias nacionalidades que vai ajudar as forças ucranianas no terreno.
A Embaixada da Ucrânia em Portugal apenas referiu saber que os ucranianos têm recebido “muitos pedidos” de várias nacionalidades para ajudar no combate à invasão russa.
O português sublinha que o principal objectivo do grupo que parte na próxima semana é prestar auxílio às populações na Ucrânia.
Em Portugal, deixam familiares, mas não esconde que “já estão habituados”.
As familias apoiam a missão voluntária por se tratar de uma causa nobre.
“Do meu ponto de vista, isto é um acto de terrorismo enorme e temos de fazer alguma coisa”, diz, sempre calmo o ex-militar Portugues.
“Ninguém é herói, ninguém vai para lá dar o peito às balas, nada disso. Vamos só lutar por aquela que é a maior causa: a causa humana, as famílias, as crianças e as mulheres”, garante.