PRESIDENTE DA JUVENTUS: ‘Superliga é um trabalho colectivo de doz clubes’

O presidente da Juventus, Andrea Agnelli assegurou ontem na cimeira do futebol, organizada pelo Financial Times, em Londres, que a Superliga europeia não falhou e que o futebol europeu ainda precisa de reformas.

O líder da Vecchia Signora, que foi presidente da Associação Europeia de Clubes até ao lançamento da Superliga, subiu ao palco horas depois do presidente da UEFA Aleksander Ceferin e do presidente da La Liga Javier Tebas terem atacado o projecto da Superliga.

Da UEFA assegurou que é um organismo “regulador, monopolista e fiscalizador”.

“O futebol europeu precisa de reformas”, disse Agnelli. “Não vou responder a quaisquer perguntas sobre o que disse Tebas, porque as suas palavras falam por si”, acrescentou depois do líder da La Liga dizer que os clubes da Superliga “mentem mais do que Vladimir Putin”.

Questionado por que razão a Superliga falhou, Agnelli foi claro: “Não falhou”. E esclareceu que “é um trabalho colectivo de 12 equipas, e não apenas de uma pessoa”. Doze clubes assinaram um acordo de 120 páginas e este ainda é vinculativo para onze”.

Entretanto, Javier Tebas continua muito crítico em relação aos criadores da Superliga.

“Há uma semana houve uma reunião na sua casa para falar sobre o projeto da Superliga, uma liga continental de duas categorias, onde os campeonatos nacionais servem como eliminatórias para este torneio, mas os grandes clubes vão estar presentes de qualquer forma. Eles mentem mais que Putin, dizem constantemente que a Superliga não vai afetar as competições nacionais, mas afetará. Para mim é um insulto, porque o prejuízo seria muito grande”, relatou Javier Tebas em Londres, à margem da conferência ‘Negócio do Futebol’ organizada pelo ‘Financial Times’.