Primeiro-ministro da Bélgica defende que UE deve reforçar-se perante a possíbilidade do regresso de Trump à Casa Branca
O primeiro-ministro da Bélgica, país que assume este semestre a presidência rotativa do Conselho da UE, defende que a União Europeia deve aproveitar um eventual regresso de Donald Trump à Casa Branca para se reforçar.
Numa intervenção, na sessão plenária do Parlamento Europeu em que apresentou as prioridades belgas para a UE, Alexander De Croo, referiu que “se 2024 nos trouxer novamente a ‘America First’ (América Primeiro, lema de Donald Trump), a Europa ficará mais sozinha do que nunca”.
No entanto, sublinhou, a UE não deve temer a hipótese do retorno de Trump à presidência dos Estados Unidos, mas sim “aproveitá-la” para tornar a sua posição “mais sólida, mais forte, mais soberana e mais resistente”.
A ministra belga dos Negócios Estrangeiros, Hadja Lahib, pediu à UE que aumente a ajuda militar à Ucrânia, sublinhando não bastar mantê-los, referindo que “os objectivos políticos e militares russos não se alteraram” e a Ucrânia precisa de meios para responder à invasão russa.
Trump já anunciou que, se regressar à Casa Branca em Novembro, suspenderá o apoio à Ucrânia, levantando dúvidas quanto à manutenção do apoio militar e financeiro de Washington à Ucrânia.
As posições do republicano sobre a luta contra as alterações climáticas e a situação no Médio Oriente também são razões de preocupação na União Europeia.