PRÓXIMO GOVERNO: Alta velocidade e TAP são prioridades
O ministro das Infraestruturas afirmou esta semana que os investimentos previstos no Plano Nacional Ferroviário (PFN) são para executar “agora sem atrasos”, tendo apontado a privatização da TAP e a linha de alta velocidade como “prioritários” para o novo governo.
“A privatização da TAP é para continuar, essa é a prioridade que já era do XXIV Governo e transitará, (…) a construção do novo aeroporto (…), a continuidade do PFN, agora cumprindo prazos e pondo para o passado aqueles sete anos de atraso do Ferrovia 2020. Nós temos que acabar de facto o Ferrovia 2020 e começar a cumprir prazos”, afirmou Miguel Pinto Luz aos jornalistas, à margem do Portugal Railway Summit, que arrancou quarta-feira no Entroncamento.
O ministro das Infraestruturas e Habitação presidiu à abertura da 6.ª edição do Portugal Rail-way Summit, realizada pela Associação da Plataforma Ferroviária Portuguesa, Cluster da Ferrovia, evento que decorre durante dois dias no Museu Nacional Ferroviário, tendo destacado a importância da ferrovia nos investimentos “estruturantes” para o país.
“É essencial a ferrovia para os portos, (…) para a logística, para garantir que os nossos concidadãos tenham mobilidade e (…) a aposta deste Governo é clara. O passe ferroviário verde tem mais de 300 mil passes vendidos e mais de 55 mil passageiros utilizam mensalmente o passe ferroviário verde”, declarou.
Nesse sentido, com “mais procura e mais passes” vendidos, “a CP tem mais passageiros a andarem nos [comboios] regionais, no intercidades, e tem mais receita, ou seja, não estamos a descapitalizar a CP como alguns vaticinavam, antes pelo contrário, estamos a colocar a CP ao serviço dos portugueses”, disse Pinto Luz, que apontou a “mais prioridades” na ferrovia.
“A alta velocidade, as três ligações transfronteiriças com a ligação Porto-Bragança-Zamora, a ligação Aveiro-Salamanca, a ligação Faro-Huelva-Sevilha são prioridades que este Governo colocou a debate também e para discussão com o Governo Espanhol”, declarou.
“O novo aeroporto terá desafios, como a terceira travessia do Tejo, todas as ligações rodoviárias e ferroviárias que têm que ser garantidas para o novo aeroporto, o metro sul do Tejo, o alargamento do metro a norte do Tejo, o LIOS oriental, a LIOS ocidental…”, exemplificou.