PULMÕES: Hospital de Barcelona faz transplante totalmente robótico
Um hospital de Barcelona, em Espanha, fez no final de Fevereiro o primeiro transplante de pulmão totalmente robótico no mundo, numa técnica que reduz os riscos destas cirurgias e elimina as dores do paciente, anunciou a instituição.
O transplante foi feito recorrendo à tecnologia já usada há anos para operar, por exemplo, cancros do pulmão, em que deixou de ser necessário abrir o tórax e separar ou mover as costelas para chegar ao órgão doente, bastando um corte pequeno por debaixo do osso esterno e a partir daí introduzir uma câmara e os instrumentos necessários para a cirurgia, explicou hoje numa conferência de imprensa o chefe do Serviço de Cirurgia Torácica e Transplante Pulmonar do Hospital Universitário Vall d’Hebron, Albert Jauregui.
O desafio, afirmou Albert Jauregui, foi retirar por esse pequeno corte um pulmão doente e introduzir pela mesma via um pulmão saudável e colocá-lo no corpo do paciente.
Em final de Fevereiro, foi transplantado um pulmão de um doente usando esta técnica pela primeira vez, aproveitando a capacidade que os pulmões têm de “insuflar e desinsuflar”, afirmou o cirurgião, para tentar explicar como foi possível retirar e introduzir um órgão destes por uma abertura tão pequena.
O paciente que foi transplantado, apresentado apenas com o nome Xavier aos jornalistas, esteve também na conferência de imprensa e afirmou ter sentido “dor zero” desde que recuperou a consciência após a operação.
O cirurgião Albert Jauregui explicou que a forma tradicional de transplantar um pulmão obriga a uma abertura do tórax horizontal, de um lado ao outro do peito do doente, ou entre costelas, além de ser necessário mexer nas próprias costelas, para abrir espaço suficiente para os médicos trabalharem, o que provoca dores muito fortes no pós-operatório.
O paciente que foi transplantado, apresentado apenas com o nome Xavier aos jornalistas, esteve também na conferência de imprensa e afirmou ter sentido “dor zero” desde que recuperou a consciência após a operação.
O cirurgião Albert Jauregui explicou que a forma tradicional de transplantar um pulmão obriga a uma abertura do tórax horizontal, de um lado ao outro do peito do doente, ou entre costelas, além de ser necessário mexer nas próprias costelas, para abrir espaço suficiente para os médicos trabalharem, o que provoca dores muito fortes no pós-operatório.