Putin assina decreto que alarga as possibilidades de uso de armas nucleares

O Presidente russo, assinou esta terça-feira o decreto que alarga a possibilidade de utilização de armas nucleares, depois de os EUA terem autorizado Kiev a atacar solo russo com os mísseis de longo alcance.

A assinatura do decreto ocorreu quando se as- sinalavam os mil dias do início da ofensiva contra a Ucrânia.

O “documento de planeamento estratégico” inclui a “posição oficial sobre a dissuasão nuclear”, “define os perigos e ameaças militares contra os quais se pode actuar com dissuasão nuclear” e garante uma resposta à “agressão” de “um potencial inimigo”, quer contra a Rússia, quer “contra os seus aliados”.

O decreto, publicado no portal de documentos legais das autoridades russas, visa “melhorar a política estatal no domínio da dissuasão nuclear” e contempla a sua entrada em vigor a partir da mesma assinatura de Putin.

Putin advertiu, no final de Setembro, que o seu país já poderia usar armas nucleares no caso de um “lançamento massivo” de ataques aéreos contra a Rússia e que qualquer ataque realizado por um país não nuclear, como a Ucrânia, mas apoiado por uma potência com armas atómicas, como os EUA, poderia ser considerado uma agressão “conjunta”, exigindo potencialmente o uso de armas nucleares.

A decisão de Washington de autorizar, no domingo, a Ucrânia a utilizar estes mísseis foi uma possível reação à presença de tropas norte-coreanas.