RETALIAÇÃO: Biden pondera proibir importação de petróleo da Rússia
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse quarta-feira que admite todos os cenários quanto à possibilidade de proibir a importação de petróleo russo, como retaliação adicional pela invasão da Ucrânia.
A admissão de Biden surge no momento em que os Estados Unidos adoptaram uma série de sanções económicas contra a Rússia, em retaliação pela invasão da Ucrânia, que incluem a interdição do espaço aéreo dos EUA e pesadas medidas contra o banco central russo.
A medida contra a compra de hidrocarbonetos – o recurso mais precioso da economia russa – tem vindo a ser exigida nos Estados Unidos, em particular no sector político próximo do Partido Republicano.
Se vier a ser aplicada, terá um forte simbolismo e sem grandes danos para os Estados Unidos, que nas últimas décadas se tornaram um grande produtor de petróleo e quase garantiram a sua auto-suficiência energética, ao contrário da Europa, que está muito dependente do gás russo.
De acordo com a Federação Americana de Fabricantes de Combustíveis e Petroquímicos, em 2021 os Estados Unidos importaram uma média de 209.000 barris por dia de petróleo russo e 500.000 barris por dia de outros produtos petrolíferos, ou seja, 3% do total das importações de petróleo bruto nos EUA.
O preço do barril de petróleo Brent para entrega em Maio continua em alta a subir 3,48% na abertura do mercado de futuros de Londres, para 116,8 dólares, um novo máximo desde Agosto 2013.
Durante a madrugada de ontem, quinta-feira, o Brent chegou a ultrapassar os 118 dólares.
No dia anterior, o petróleo bruto de referência da Europa subiu 7,58%, fechando nos 112,93 dólares.
O preço disparou devido aos temores de uma crise global de fornecimento de petróleo após a invasão da Ucrânia pela Rússia.