ROMARIA D’AGONIA. Luso-Americana Olívia Da Cunha foi uma das 1.000 participantes no Desfile da Mordomia

Por ANGÉLICA PINTO | em Viana do Castelo, PT

Realizou-se na tarde de dia 16 de Agosto em Viana do Castelo, o Desfile da Mordomia, um dos pontos mais altos das Festas em honra de Nossa Senhora da Agonia. Este ano, este foi o maior da história, contando com mil mulheres a desfilarem pelas ruas desta cidade,  vestidas a rigor, e de ouro ao peito.

Entre o milhar de mulheres portuguesas e luso-descendentes, a actual Miss Sport Club Português de Newark, New Jersey – Olívia Da Cunha – encheu-se de chieira (palavra minhota que descreve o orgulho em ser mordoma) para realizar um sonho que tinha desde criança.

A jovem de 24 anos nasceu em Newark, é filha de emigrantes minhotos dos Arcos de Valdevez, e formou-se em saúde pública pela Caldwell University. Actualmente está ao serviço do condado de Essex e esteve recentemente à conversa com o jornal Luso-Americano, durante a celebração da romaria nortenha.

Participou este ano pela primeira vez no Desfile da Mordomia, apesar de, como minhota que é, já ter visitado outras vezes a cidade na mesma época em que se realiza a romaria. “Nem sempre é possível participar nas festas todos os anos” mas recorda-se de ter estado presente há dois anos atrás, pela última vez.

Como membro do Rancho Folclórico “Camponeses do Minho”, desde criança que sempre sonhou em um dia fazer parte deste momento, conhecido pela tradição e ouro desfilado – transmitido de geração em geração, recheado de histórias e de um valor incalculável e sentimental.

Apesar de acostumada a actuar com o seu traje azul do Dó, Olívia desfilou nesse dia com o traje à Vianesa da Ribeira Lima vermelho, tendo a ajuda de duas pessoas importantes para o conseguir fazer. “Foi graças ao colecionador Ivo Rua e à Pilar Gonzalez que tive a oportunidade de realizar o meu sonho de desfilar”, revelando ainda que o fez, ao lado do grupo organizado por estes dois, com o traje cedido pelos mesmos.

Para si e para a sua família foi um enorme orgulho, revelou. 

“Eu gosto das coisas mais antigas”, e por isso, é com gosto que Olívia se esforça para manter a tradição – que já tinha sido seguida pelas suas avós, e que confessou, sentir que a mantém mais próxima dos seus familiares.

“Parece que ainda estou com a minha avó e com os membros da minha família que já não estão cá”, acrescentou.