SELECÇÃO FEMININA ESPANHOLA: Jogadora beijada pede ‘medidas exemplares’
Jenni Hermoso, jogadora espanhola que foi agarrada e beijada por Luis Rubiales na celebração após a conquista do Mundial feminino, quebrou o silêncio, num comunicado divulgado pela FUTPRO.
A capitã das actuais campeãs mundiais pediu “medidas exemplares” para o presidente da Real Federação Espanhola de Futebol e deixou claro que a FUTPRO e a TMJ, a agência que a representa “estão a fazer os possíveis para defenderem os meus interesses e para serem os interlocutores neste assunto.”
No comunicado, é pedido à “Real Federação Espanhola de Futebol que implemente os protocolos necessários, que zele pelos direitos das nossas jogadores e adopte medidas exemplares.”
“É essencial que a nossa selecção seja representada por figuras que representem os seus valores de igualdade e respeito em todos os âmbitos. É necessário avançar na luta pela igualdade, uma luta que as nossas jogadoras lideraram com determinação, levando-nos à posição em que nos encontramos hoje”, pode-se ler.
Na mensagem, a FUTPRO e a TMJ pedem a intervenção do Conselho Superior do Desporto de Espanha para que “apoie e promova activamente a prevenção e intervenção em casos de abuso sexual, machismo e sexismo”.
“Chamamos também a atenção ao Conselho Superior do Desporto para que, dentro das suas competências, apoie e promova activamente a prevenção e intervenção em casos de abuso sexual, machismo e sexismo. No sindicato estamos a trabalhar para que actos como aqueles que vimos nunca passem impunes, para que sejam sancionados e para que se adoptem medidas pertinentes que protejam as futebolistas de acções que consideramos inaceitáveis”, lê-se ainda na mensagem.
O Governo espanhol pediu quarta-feira transparência e acções urgentes da Federação de Futebol do país (RFEF) a respeito do seu presidente, Luis Rubiales.
Rubiales, de 46 anos, foi duramente criticado pelo seu comportamento após a final do Mundial.
Inicialmente, o dirigente ignorou as críticas, mas depois publicou um pedido de desculpas, que foi considerado “insuficiente”.