Senhora luso-americana com 100 anos recebeu como presente de aniversário um diploma do liceu

Diploma

Maria Moniz, nasceu em Fall River, produto de uma família de imigrantes açorianos no mesmo dia em que começou a Primeira Guerra Mundial – 28 de Julho de 1914.

Há algumas semanas a senhora luso-americana completou 100 anos, e não só. Ao completar um século a senhora recebeu outro presente, que considera um marco sdignificativo na sua longa vida.

Cercada por várias gerações de familiares na sua residência em East Providence, RI., Maria Moniz recebeu o seu diploma de BMC Durfee High School. O diploma foi entregue em mão pelo superintendente Meg Mayo-Brown, que também lhe entregou uma citação de outro luso-americano, o Mayor de Fall River Will Flanagan.

“Ela esperou por toda a sua vida”, disse Maria Porto, a mais velha das filhas de Moniz.

Em 1930, Moniz, que tinha acabado de completar o seu segundo ano na Durfee, teve que deixar a escola. Não o fez por vontade própria mas não teve escolha. A família decidiu voltar para os Açores por acusa da Grande Depressão. O pai decidiu mudar-se porque percebeu que, sem emprego e com família só havia um sítio onde sobreviver a manter a família. Nos Açores a cultivar as terras da família em S. Miguel.

Desde 1930 que Maria Moniz tinha o sonho de concluir o curso que a vida lhe tinha impedido de concluir. Contudo, percebeu que tinha tempo e mesmo assim com uma idade fê-lo recordando ao mesmo tempo os bons tempos durante a sua presença na América antes de 1930. Lembra-se de ter crescido em Fall River e frequentado as escolas da cidade, incluindo as antigas Robeson e McDonough, e o velho Durfee, então localizado na Rock Street.

“Era um lugar maravilhoso”, diz Moniz referindo-se ao Liceu Durfee.

“Se tivesse terminado o liceu nesse tempo teria sido professora de história,” afirma.

Ninguém sabia que o superintendente escolar de Fall River decidira atribuir-lhe o diploma. A decisão foi mantida até ao último momento quando Robert Moniz, o mais novo dos três filhos de Maria Moniz tomou conhecimento do facto.

Em Maio, Robert Moniz escreveu a Mitchell Chester, comissário para o Departamento de Educação Primária e Secundária de Massachusetts, na tentativa de ver atribuido a sua mãe um diploma honorário de parabéns por ocasião do seu centésimo aniversário.

Nessa carta, Robert escreveu: “Uma dos maiores arrependimentos da vida da minha mãe foi não ter sido capaz capaz de completar o ensino secundário.”

O Departamento enviou a carta `a superintendente Mayo-Brown que, um dia antes do aniversário comunicou a Robert Moniz a supresa.

Mayo-Brown disse à família no sábado e no domingo, na sua cama, recebeu o tão ambicionado diploma. Uma história bonita que o Luso-Americano regista com apreço.