SERVIÇO MILITAR OBRIGATÓRIO: Metade dos portugueses concordam com regresso
Um estudo recente divulgado pela Associação para o Desenvolvimento Económico e Social (SEDES) revelou um aumento no apoio dos portugueses ao retorno do serviço militar obrigatório.
De acordo com os dados, 47% dos portugueses são a favor da reintrodução do serviço militar obrigatório para assegurar que as Forças Armadas tenham efectivos suficientes.
Este número representa um aumento em comparação com os 40% registados em 2021.
Em 2021, a opinião pública estava mais dividida, com 40% a favor do serviço militar obrigatório e 60% a defender o serviço voluntário.
A mudança observada nos últimos dois anos sugere uma crescente preocupação da população com questões de segurança e defesa, precisamente desencadeada pela invasão da Rússia à Ucrânia.
O Estado-Maior-General das Forças Armadas (EMGFA) já remeteu decisão sobre um eventual regresso do Serviço Militar Obrigatório para o Governo, mas salientou que esta hipótese não irá “solucionar, pontualmente, desafios de gestão de efectivos”.
O Serviço Militar Obrigatório terminou em 2004.
O seu fim foi aprovado em 1999, por um executivo liderado pelo socialista António Guterres, ficando estabelecido um período de transição de quatro anos.
A passagem para a profissionalização ficou concluída em Setembro de 2004, dois meses antes da data prevista, 19 de Novembro, com o centrista Paulo Portas como ministro da Defesa.