Seul considera apoio a Kiev
Com a assinatura do pacto de defesa mútua entre a Rússia e a Coreia do Norte, esta quarta-feira, Seul anunciou que irá rever a sua legislação que proibia o envio de armas e munições para países em conflito, e que a impediu, numa primeira fase, de responder aos apelos de ajuda do seu aliado norte-americano, no que toca à guerra na Ucrânia.
Segundo a agência de notícias Yonhap, Seul vai manter a ambiguidade estratégica relativamente aos tipos de armas fornecidos à Ucrânia, mas os siste- mas de defesa aérea poderão fazer parte da lista, tendo em conta as necessidades de Kiev.
Chang Ho-jing, conselheiro para a segurança do governo sul-coreano, anunciou ainda que vão impor sanções adicionais a quatro navios russos, cinco organizações e oito indivíduos envolvidos na transferência de armas e petróleo entre a Rússia e a Coreia do Norte; isto no dia em que, um cargueiro que zarpou da Coreia do Norte com destino à Rússia, foi apreendido pelas autoridades sul-coreanas, por suspeita de violar as sanções das Nações Unidas.
Em visita ao Vietname, outro regime comunista e apoiante de Putin, o líder russo disse que a Coreia do Sul “não tem nada com que se preocupar”, mas advertiu Seul para não cometer “um erro muito grande” ao fornecer armas a Kiev, já que seriam tomadas decisões que não agradariam os seus dirigentes.