SPORTING CAMPEÃO: Rúben Amorim diz que não sai e aponta para o bicampeonato

O treinador Rúben Amorim protagonizou, segunda-feira, a maior onda de euforia na praça do Marquês de Pombal, em Lisboa, ao dar a entender que permaneceria no Sporting para tentar tornar o clube bicampeão da I Liga de futebol.

“Disseram que só ganharíamos campeonatos de 18 em 18 anos, que só ganhámos o campeonato porque não tínhamos público e dizem que jamais seremos bicampeões outra vez. Vamos ver”, afirmou, durante o seu discurso, provocando uma ‘explosão’ de alegria aos milhares de adeptos que festejaram como se de um golo se tivesse tratado.

Os festejos da celebração do 20.º título português da história ‘verde e branca’ ficaram marcados pelos pedidos de várias figuras do clube, que se juntaram a sócios e adeptos do Sporting num desejo de continuidade do treinador, entre os quais o capitão Coates.

“Somos incríveis. Obrigado pelo apoio este ano, que foi inacreditável. Cantem para que fique [Rúben] Amorim”, pediu o defesa central uruguaio, antes de lhe dar o microfone.

Rúben Amorim ironizou ainda com a viagem de avião que realizou a Londres, antes do ‘clássico’ com o FC Porto, há cerca de duas semanas, que criou ruído sobre a sua saída.

“Vamos despachar isto, que tenho um avião para apanhar bem cedo amanhã. É muito cedo para esta piada. Vou guardar para mais tarde”, iniciou assim Rúben Amorim o seu discurso, entre risos, sobretudo dos adeptos que esperaram horas por este momento.

Rúben Amorim e Coates aproveitaram ainda a oportunidade para agradecer a todos os elementos que trabalham no clube, “que não têm folgas, ganham muito menos e que fazem parte do sucesso”, antes de dar lugar a um espectáculo longo de fogo de artifício.

Após a chegada do autocarro ao Marquês de Pombal, por volta das 01:40, o ‘speaker’ foi chamando primeiro o ‘staff’ e equipa técnica, seguindo-se o desfile, um a um, dos futebolistas que compõem o plantel principal, deixando para o fim Coates e Amorim.

Entre os mais aplaudidos, encontram-se o ‘artilheiro’ sueco Gyökeres, o companheiro de ataque Paulinho, ao som da adaptação do original ‘Freed From Desire”, que levou o Marquês à loucura, e Pedro Gonçalves, grande parte do tempo no palco em tronco nu.

O presidente Frederico Varandas era também um dos mais alegres em cima do palco, ao lado do director desportivo Hugo Viana, enquanto os espanhóis Adán e Fresneda se aventuraram a trepar vários metros até ao cimo da estrutura onde se encontrava o DJ.

Entre a multidão na plateia, tudo pareceu decorrer com normalidade, sem registo de desacatos, embora dezenas de pessoas necessitassem de assistência médica no local, devido ao intenso ‘calor humano’ que se fazia sentir nos radiantes adeptos ‘leoninos’.

O DJ Diego Miranda ‘encerrou’ os festejos, interrompido às vezes por jogadores que quiseram ser ‘animadores’ e a fazer saltar os adeptos, como Pedro Gonçalves ou St. Juste, através de cânticos do clube ou até provocações aos rivais Benfica e FC Porto.