STEVEN BOA DE MOURA TOMOU POSSE COMO JUIZ “PROBATE” EM CONNECTICUT

Por HENRIQUE MANO | News Editor | Bethel, CT

O luso-americano Steven Boa de Moura, de 43 anos de idade, foi eleito juiz “probate” pelo Distrito 45 do estado de Connecticut, em representação do partido democrata. O advogado, natural de Danbury, vai exercer em Bethel no edifício camarário local e terá uma ampla área de jurisdição com cerca de 80 mil pessoas – a incluir ainda os mnunicípios de Newtown, Reading e Ridgefield.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | Fachada do edifício camarário em Bethel, CT, onde o juiz Steven Boa de Moura exerce

Moura foi a votos nas eleições intercalares de 8 de Novembro passado, para o cargo deixado vago pelo juiz Dan O’Grady; o luso-descendente tomou posse a 3 de Janeiro de 2023, perante um juiz do estado de Connecticut, Joseph Egan, Jr.

Steven Boa de Moura cresceu em Bethel, filho dos emigrantes António Joaquim de Moura, natural de Pedroso, Montalegre, e de Irene Boa de Moura, oriunda de Vila Franca do Deão, na zona da Guarda (e já falecida). Depois do liceu em Bethel, a habilidade para o futebol abriu-the portas na University of Rhode Island.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | O juiz “probate” Steven Boa de Moura no seu gabinete de trabalho

“Apesar de não ter seguido carreira desportiva”, nota, em entrevista exclusiva ao jornal LUSO-AMERICANO, “o futebol facultou-me as ferramentas para o trabalho em grupo e ensinou-me também a atingir objectivos e ultrapassar obstáculos como um todo.”

Moura opta então pelo plano B (“em miúdo já gostava de brincar aos tribunais com os meus pais”) e é admitido na Faculdade de Direito da Quinnipiac University. Começa por ingressar numa firma de advogados como estagiário, a mesma onde anos antes trabalhara como rapaz de recados, e aos 27 anos já estava na Ordem de Advogados do Estado de Connecticut.

Foto: CORTESIA STEVEN BOA DE MOURA | No dia da tomada de posse, com a família (avó, pai, esposa e filhos)

“Em 2013 abri negócio próprio, a trabalhar em quase todas as áreas do Direito, e, mais tarde, como defensor público do Estado, comecei a interessar-me pelo trabalho no sector ‘probate’”, afirma.

O envolvimento político, via partido democrata, acontece como consequência da sua actividade profissional (“tinha necessidade de contribuir para este município que tanto me havia dado”). Começa então pelas bases, eleito para um cargo partidário, e chega ao “Board of Assessment Appeals”, em Bethel. Mais tarde passa a integrar a “Economic Development Commission”.

Foto: JORNAL LUSO-AMERICANO | O novo juiz luso-americano entrou em funções no início deste ano

O serviço público é algo que o preenche, “até por razões de compaixão (perdi a minha mãe aos 16 anos…). Espero poder trabalhar arduamente  pelos 4 municípios que agora vou servir”, diz.

A terminar, o juiz Steven Boa de Moura, que é casado e pai de 3 filhos, reconhece: “Não sei se há coisa mais importante, na formação do meu carácter, do que a minha origem portuguesa”.

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