SUPERLIGA EUROPEIA: Uma decisão que caiu que nem uma ‘bomba’
A Superliga Europeia foi lançada no passado domingo, mas desde esse dia que tem gerado críticas um pouco por toda a Europa, desde jogadores e clubes, passando até por Governos.
A decisão caiu que nem uma ‘bomba’ no futebol europeu, e terça-feira o jornal espanhol ‘El Mundo’ revelou as 72 horas frenéticas que antecederam o lançamento da prova.
“Na passada quinta-feira, tocou o telefone de um dos 12 dirigentes que colocou a sua equipa no projecto da Superliga. ‘Tens de assinar hoje’ disseram-lhe. ‘Porquê tanta pressa?’, questionou.
Do outro lado do auricular, uma voz firme: ‘Tem de ser público antes de segunda-feira porque eles continuam a rir-se de nós”, revela o jornal espanhol.
De acordo com o ‘El Mundo’, o ‘eles’ refere-se à UEFA e a Aleksander Ceferin, presidente do organismo que regula o futebol europeu.
O diário espanhol foi ainda mais longe ao escrever que Florentino Pérez (Real Madrid), Ed Woodward (Manchester United) e Andrea Angelli (Juventus) perderam a paciência quando descobriram que a UEFA ia apresentar o novo modelo da Liga dos Campeões na segunda-feira.
“Nas 72 horas frenéticas, os envolvidos também se asseguraram que a JP Morgan confirmara publicamente o financiamento do projecto e as mensagens de WhatsApp foram em vários sentidos, todos com intenção de que ninguém abandonasse o barco”, conta também o jornal espanhol.
No domingo, 18 de abril, AC Milan, Arsenal, Atlético de Madrid, Chelsea, FC Barcelona, Inter Milão, Juventus, Liverpool, Manchester City, Manchester United, Real Madrid e Tottenham anunciaram a criação da Superliga europeia, à revelia de UEFA, federações nacionais e vários outros clubes.
A competição iria ser disputada por 20 clubes, 15 dos quais fundadores – apesar de só terem sido revelados 12 – e outros cinco, qualificados anualmente.
A UEFA anunciou que iria excluir todos os clubes que integrem a Superliga, assegurando contar com o apoio das federações de Inglaterra, Espanha e Itália, bem como das ligas de futebol destes três países.
Barcelona e Real ganhariam muitos milhões
A Superliga europeia está em suspenso, depois da saída de dez dos doze clubes fundadores, mas continuam a ser conhecidos detalhes sobre a prova, nomeadamente no que a valores diz respeito.
Os dois clubes ainda no barco da Superliga, Real Madrid e Barcelona, seriam os clubes que mais dinheiro poderiam ganhar com a prova, de acordo com o jornal ‘Mundo Deportivo’.
A publicação revela que os dois rivais espanhóis iriam ganhar 350 milhões de euros só pela participação na competição, um valor que poderia alcançar os 600 milhões em caso de conquista da mesma.