TAÇA DE PORTUGAL: ‘Leões’ adiantam-se na corrida para a final

Um golo de Aursnes fez ontem o Benfica reentrar na discussão pela presença na final da Taça de Portugal de futebol, ao reduzir a margem da vitória do Sporting, por 2-1, na primeira mão das meias-finais.

Pedro Gonçalves, aos nove minutos, e Gyökeres, aos 54, consumaram a superioridade dos ‘leões’ durante largo período, só que o norueguês, que também já tinha marcado em Alvalade no dérbi da época passada, então perto do epílogo do campeonato, fez o tento dos ‘encarnados’, aos 68, deixando a eliminatória em aberto para a segunda mão, no Estádio da Luz, em Abril.

O Sporting confirmou a vantagem sobre o eterno rival em jogos no seu reduto para a prova rainha, somando o 15.º triunfo contra apenas três do Benfica, sendo que a última vez que as ‘águias’ festejaram na casa ‘leonina’ foi em 1963, também numas meias-finais.

As lesões de Gonçalo Inácio e Trincão forçaram Rúben Amorim a desfazer os trios defensivo e ofensivo que têm vindo a ser mais utilizados, levando às entradas de Eduardo Quaresma – novamente lançado num ‘clássico’ – e Edwards, aliadas às apostas em Franco Israel para a baliza e Matheus Reis para a ala esquerda.

Em contraste, o Benfica não mexeu num único elemento, confirmando o que já era previsível, ou seja, que o jogo com o Portimonense, no passado domingo, serviu de ‘tubo de ensaio’ para Alvalade, sem um ponta de lança na verdadeira acepção da palavra e com um tridente ofensivo com Neres, Di María e Rafa.

Contudo, se a ideia era aproveitar as transições para deixar aquele trio acelerar na frente, o Benfica falhou rotundamente, tendo em conta que lhe faltou capacidade e agressividade na recuperação – o que não é propriamente uma novidade -, mas também assertividade quando tinha a bola, perdendo-se demasiado em trocas estéreis para trás e para os lados, à semelhança da maioria dos jogos desta temporada.

Não só os ‘leões’ não se sentiram atemorizados pelo rival, como impuseram logo a sua ‘lei’ dentro dos primeiros 10 minutos, beneficiando da total incapacidade defensiva e organizativa das ‘águias’, que permitiram que Pedro Gonçalves se esgueirasse pelas costas de Bah, para dar o melhor seguimento ao cruzamento de Hjulmand.