TEM RAÍZES EM PORTO DE MÓS E FAZ CARREIRA NO MAIOR HOSPITAL DO ESTADO DE RHODE ISLAND

Por HENRIQUE MANO | Jornal LUSO-AMERICANO

A profissional de saúde Diana Afonso faz carreira como ‘Physician Assistant’ no Rhode Island Hospital, em Providence – a maior unidade do género no ‘Estado Oceano’ e a única que detém um Centro de Trauma para acolhimento de doentes em estado grave.

Afonso começou carreira na área da saúde há uma década, precisamente nas urgências do Rhode Island Hospital – sendo essa a sua especialidade. Afonso também está ligada à Brown Emergency Medicine e é ‘Adjunct Professor’ em três instituições de prestígio – Johnson & Wales University, Bryant University e Tufts University.

“Lembro-me de aos 5 anos de idade já me imaginar a trabalhar no campo da medicina”, afirma Diana Afonso, em entrevista ao jornal LUSO-AMERICANO. “A minha inspiração e exemplo é o meu avó materno, Manuel Pedroso, que me fez compreender que todos somos postos nesta Terra para nos ajudarmos uns aos outros. Mesmo dez anos depois de ter começado carreira, sinto que continuo abençoada por ter escolhido uma profissão que é um desafio diário, que me faz humilde e que me oferece um propósito para a vida”.

A médica-assistente Diana Afonso, do Rhode Island Hospital, em Providence

Diana Afonso considera-se “100% portuguesa”. O pai nasceu em Alvados, Porto de Mós, e emigrou aos 17 anos para os Estados Unidos. A mãe é luso-americana de primeira geração, também ela filha de pais oriundos de Porto de Mós. Depois de ter feito o liceu na melhor escola secundária de Providence, ‘Classical High School’, seguiu para o Providence College, onde tirou uma licenciatura em Biologia e Espanhol. Após dois anos de investigação clínica, completaria a sua formação médica na Rutgers Medical School, em New Jersey.

“O facto de saber falar português e espanhol é extremamente importante para a minha actividade profissional”, reconhece a ‘Physician Assistant’. “É na verdade uma ferramenta que utilizo todos os dias nas urgências do hospital. Rhode Island tem um significativa população luso-americana e o português é a terceira língua mais falada no nosso hospital”.

Diana Afonso reconhece que “a segunda vaga de COVID chegou e cabe-nos agora a todos nós manter-nos em segurança. Há já oito meses que faço diagnósticos de COVID e que trato de pacientes com coronavírus”.

Um dos edifícios do Rhode Island Hospital, em Providence, onde o português é a 3.ª língua mais falada

A profissional de saúde confirma que “os casos estão a subir, tanto graves como ligeiros, e chegam a todos os sexos, idades e grupos étnicos. Todos nós devemos estar cientes”, lembra, “de que, quando tomamos as precauções contra a COVID, não o fazemos só por nós, mas por aqueles mais vulneráveis na sociedade”.

Afonso sabe que “o mundo inteiro vive com cansaço esta situação, mas devemos manter-nos vigilantes e continuar a recorrer ao uso da máscara, a lavarmos as mãos e a praticarmos o distanciamento social. Só assim poderemos, em breve, voltar à normalidade”.