Trégua: Israel espera resposta do Hamas até esta quarta-feira à noite

Israel vai esperar até quarta-feira à noite que o Hamas responda à proposta de trégua em discussão no Cairo, antes de decidir se envia uma delegação às negociações, anunciou terça-feira uma fonte anónima israelita.

A proposta de trégua na guerra entre Israel e o Hamas foi apresentada durante uma reunião realizada na segunda-feira no Cairo com o Egito e o Qatar, dois dos países mediadores.

A delegação do Hamas regressou a Doha e deverá dar uma resposta “o mais rapidamente possível”, disse à AFP uma fonte próxima do movimento islamita palestiniano.

A proposta prevê um cessar-fogo de 40 dias e a libertação de milhares de prisioneiros palestinianos em troca de reféns em Gaza, segundo os meios de comunicação israelitas.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou terça-feira que o exército israelita entrará em Rafah, no sul da Faixa de Gaza, “com ou sem acordo” de trégua.

O objectivo é eliminar os quatro batalhões do Hamas que Netanyahu disse que ainda permanecem na zona de Rafah.

Netanyahu prometeu alcançar a “vitória total” na guerra e tem enfrentado pressões dos parceiros nacionalistas do Governo para atacar Rafah.

“A ideia de que vamos parar a guerra antes de atingirmos todos os objectivos está fora de questão”, disse num encontro com familiares de vítimas do ataque do Hamas de 7 de Outubro de 2023.

Desde o início do conflito, Netanyahu disse que a ofensiva visava recuperar os reféns que permanecessem detidos no enclave palestiniano, acabar com a força militar do Hamas e impedir que Gaza fosse uma ameaça para Israel.
A guerra foi desencadeada pelo ataque sem precedentes do Hamas contra Israel que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades israelitas.

Desde então, Israel lançou uma ofensiva contra a Faixa de Gaza que provocou mais de 34.500 mortos, segundo as autoridades pertencentes ao Ministério da Saúde, controladas pelo Hamas.

Segundo as mesmas, pelo menos 34 pessoas perderam a vida só nas últimas 24 horas, devido aos ataques do exército israelita.