Trump assina decreto contra “extremismo de género” e que pode proibir transgêneros de servir nas forças armadas

O novo Presidente anunciou a assinatura recente de uma ordem executiva para banir o “extremismo de género” nas forças armadas do país, algo que poderá igualmente proibir as pessoas transgênero de servir.

Nesta ordem executiva, Trump afirmou que as tropas que se identificam com um género diferente do biológico “entram em conflito com o compromisso de um soldado com um estilo de vida honrado, verdadeiro e disciplinado, mesmo na vida pessoal”.

O magnata considerou isso prejudicial para a prontidão militar e, por isso, exigia uma política revista para abordar o assunto.

A nova ordem sobre as tropas transgênero não impõe uma proibição imediacta, mas orienta o Departamento da Defesa dos Estados Unidos a elaborar uma política sobre o seu serviço nas forças armadas com base na prontidão militar, avançou a agência de notícias Associated Press.

“Para garantir que temos a força de combate mais letal do mundo, vamos livrar as nossas forças armadas da ideologia transgénero”, disse o chefe de Estado no encontro com os legisladores republicanos na Flórida.

O número de pessoas transgênero nas forças armadas dos EUA está estimado em cerca de 15 mil, num total de cerca de dois milhões de militares.

Trump tentou impor uma proibição às tropas transgênero durante o primeiro mandato, entre 2017 e 2021, mas a decisão foi suspensa por uma batalha judicial durante anos.

Os advogados dos soldados transgênero que contestaram a proibição nos tribunais durante o primeiro mandato de Trump já prometeram lutar contra a nova proibição.

O sucessor de Trump, o democrata Joe Biden anulou a proibição pouco depois de ter assumido o cargo de Presidente e autorizou as pessoas transgênero a servir nas forças armadas norte-americanas.