Trump passou Natal na Florida e diz que depois volta para “segundo mandato”
O presidente cessante dos Estados Unidos, Donald Trump, está a passar as últimas férias do mandato em Palm Beach, na Florida, e disse que vai descansar durante uns dias “antes do começo do segundo mandato”.
Foi o último Natal de Trump enquanto inquilino da Casa Branca e o chefe de Estado cessante escolheu a mansão construída no final da década de 1920 em Palm Beach – e que denominou de “Mar-a-Lago” depois da vitória nas presidenciais de 2016 – para passar o Natal com a família.
Trump pediu para ser acolhido com carinho “enquanto desfruta de uma dezena de dias de férias” na sua residência de Inverno “antes do começo do segundo mandato”.
A mensagem de Trump mantém evidente o desfasamento com a realidade. A menos de um mês de deixar a Casa Branca, o presidente cessante continua sem reconhecer a vitória do democrata Joe Biden nas presidenciais de 3 de Novembro e mantém a tese de fraude eleitoral.
De recordar que vitória do presidente eleito Biden já foi ractificada pelo Colégio Eleitoral – obteve os mesmos 306 grandes eleitores que Trump conquistou há quatro anos.
Ainda assim, Trump, que está praticamente isolado nas acusações infundadas, mantém as alegações de fraude eleitoral, cuja culpa é alegadamente atribuída a uma conspiração democrata.
Todos os processos que o presidente e a sua candidatura interpuseram na Justiça norte-americana foram rejeitados por falta de evidências e até o líder da maioria republicana no Senado, Mitch McConnell já felicitou Biden pela vitória.
Esta propriedade, em Palm Beach, é desde 2019 a residência pessoal do presidente para efeitos legais (anteriormente era a Trump Tower de Nova Iorque).
O tempo que Trump tem passado em “Mar-a-Lago” tem sido frequentemente recordado pelo tempo que passa a jogar golfe.
E apesar da pandemia e das medidas decretadas em várias partes do país para conter a propagação do SARS-CoV-2, Trump mantém a festa que estava agendada para estes dias em Mar-a-Lago, dá conta o Palm Beach Post.
Contudo, esta poderá não ser a residência permanente de Donald Trump por muito mais tempo. Reginald G. Staumbach, um advogado daquela região, alegou esta semana em nome de um cliente, que não identificou, que Trump perdeu o direito de residir naquela propriedade em 1993 depois de um acordo com as autoridades locais sobre a utilização da mansão, erguida num terreno de 7,2 hectares.