Trump quer deixar poder de legislação sobre o aborto nas mãos dos 50 estados
O candidato republicano prometeu dar liberdade aos estados para legislarem sobre a temática do aborto, afastando aparentemente uma potencial proibição nacional desta questão, que tem sido central na campanha para as eleições presidenciais de Novembro.
“Os estados devem escolher, por voto ou por legislação, ou talvez por ambos. Qualquer que seja a sua decisão, deve ser lei”, afirmou o candidato, que irá enfrentar de novo nas urnas o actual presidente e recandidato, Joe Biden.
O tema do acesso à interrupção voluntária da gravidez promete ser um dos temas mais discutidos na campanha para as eleições, depois do Supremo Tribunal – dominado por juízes conservadores nomeados pelo partido republicano – ter eliminado, em Junho de 2022, o direito constitucional ao aborto em todo o país.
Desde esta decisão, que deu aos estados autonomia para legislarem neste domínio, cerca de 20 proibiram ou restringiram severamente o acesso a este procedimento.
“A minha opinião é que agora temos o aborto todos queriam do ponto de vista geral (…). Alguns serão mais conservadores do que outros, e é assim que as coisas são. No final das contas, tudo depende da vontade do povo”, afirmou Trump, num vídeo divulgado através da sua rede social Truth Social.
Embora não tenha dado mais detalhes sobre a sua posição política em relação a esta matéria, o ex-presidente salientou que defende o direito de interromper a gravidez em casos de violação ou incesto, bem como nas situações em que a vida da mulher esteja em risco.
As declarações surgem numa altura em que Trump tenta neutralizar aquilo que nos últimos tempos se tornou uma das maiores desvantagens republicanas antes das eleições, que é a sua posição sobre estes direitos,