Ucrânia. Rússia acusa Ocidente de enfraquecer deliberadamente as Nações Unidas
A Rússia acusou hoje os países ocidentais de procurarem enfraquecer deliberadamente as Nações Unidas (ONU), que assinala 80 anos da sua fundação.
“Quase de imediato [a seguir à fundação], representantes do bloco ocidental decidiram enfraquecer a ONU, o que impediu que atingisse todo o seu potencial”, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Maria Zakharova, numa nota divulgada no portal do ministério.
A diplomata russa considerou que as críticas à organização “têm aumentado recentemente”, apontando que “alguns até dizem que já cumpriu a sua missão histórica e que deixou de ser necessária”.
Admitiu, contudo, que a ONU “enfrenta problemas” como “a parcialidade da Secretaria, a baixa eficiência, a burocracia e o desperdício de recursos”.
Apesar das críticas, Zakharova destacou as “conquistas historicamente significativas” da ONU desde a sua criação em 1945, após a Segunda Guerra Mundial, e afirmou que estas “estabeleceram as bases da actual ordem mundial multipolar”.
“A ONU é um reflexo da vontade política e da capacidade de negociação dos seus Estados-membros”, afirmou, classificando-a como “a organização internacional mais bem-sucedida da história da Humanidade”.
A Rússia, membro fundador e permanente do Conselho de Segurança da ONU, declarou-se “disposta a continuar a trabalhar” no seio da organização “para garantir o cumprimento rigoroso dos princípios consagrados na Carta das Nações Unidas”.
Em Maio de 2022, o secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou que “a invasão russa da Ucrânia constitui uma violação da integridade territorial daquele país e da Carta das Nações Unidas”.

