UCRÂNIA: Russos bombardearam hospital pediátrico

Um hospital pediátrico na cidade de ucraniana Mariupol foi hoje destruído por ataques aéreos russos, denunciaram as autoridades ucranianas.

Segundo a câmara municipal local, “as forças de ocupação russas lançaram várias bombas sobre o hospital” e “a destruição é colossal”. 

O número de vítimas é ainda desconhecido.

Volodimir Zelenskii, Presidente da Ucrânia, partilhou nas redes sociais um vídeo do hospital, classificando o ataque como uma “atrocidade”. 

Ainda segundo o Presidente Zelenskii, há crianças e mulheres em trabalho de parto debaixo dos escombros.

Crianças com doenças terminais obrigadas a fazer propaganda para Putin

Entretanto, crianças com doenças terminais foram forçadas a alinhar-se no frio gelado e na neve para formar a letra ‘Z’, que se tornou um símbolo de apoio à invasão da Rússia na Ucrânia.

As crianças foram obrigadas a ficar na rua em condições de baixas temperaturas para fazer a letra ‘Z’, que se tornou o símbolo de apoio à invasão russa da Ucrânia.

A notícia foi dada pelo jornal inglês ‘The Telegraph.

Desde a invasão à Ucrânia que os veículos militares russos foram vistos com a letra Z neles.

O símbolo tem sido alvo de muita especulação acerca do seu real significado. 

No entanto, especialistas em defesa nacional acreditam que se trata de uma forma de as tropas russas conseguirem distinguir-se das ucranianas, uma vez que todo o equipamento militar utilizado é semelhante.

Rússia reconhece “alguns progressos” nas negociações com Kiev

A Rússia admitiu hoje “alguns progressos” nas negociações com a Ucrânia e reiterou não pretender ocupar o país vizinho ou derrubar o Governo de Kiev, numa declaração da sua porta-voz diplomática ao 14.º dia de combates.

 “Em paralelo com a operação militar especial, estão também em curso negociações com o lado ucraniano para pôr fim ao derramamento de sangue sem sentido e à resistência das forças armadas ucranianas o mais depressa possível”, disse Maria Zakharova, citada pela agência francesa AFP.

“Foram feitos alguns progressos”, disse Zakharova numa conferência de imprensa, sem especificar.

Zakharova reiterou também que a “operação militar especial” – como Moscovo designa a invasão da Ucrânia lançada em 24 de Fevereiro – não tem como alvo a população civil.

A porta-voz do ministério liderado por Sergei Lavrov repetiu que o ataque visa proteger as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, cuja independência foi reconhecida por Moscovo, e “desmilitarizar e desnazificar” a Ucrânia.

Moscovo pretende também “eliminar a ameaça militar para a Rússia que vem do território da Ucrânia devido às actividades dos países da NATO e às tentativas de encher o país com armas”, disse a porta-voz, citada pela agência russa TASS.

Delegações de negociadores da Ucrânia e da Rússia reuniram-se três vezes desde o início dos combates, na Bielorrússia, mas o resultado mais visível foi a criação de corredores humanitários para socorrer civis.

Ajuda dos EUA aumenta para os 14 mil milhões de dólares 

O pacote de ajuda militar, humanitária e económica dos Estados Unidos para a Ucrânia e países do leste europeu cresceu ontem para os 14 mil milhões de dólares, numa demonstração de apoio bipartidária por parte do Congresso norte-americano.

Democratas e republicanos têm demonstrado um sólido apoio à Ucrânia, invadida pela Rússia desde 24 de Fevereiro, conflito que tem provocado devastação em partes do país e a pior crise de refugiados da Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

O pacote de ajuda militar, humanitária e económica para aquela região cresceu agora para perto de 14 mil milhões de dólares (cerca de 12,8 mil milhões de euros), acima dos 12 mil milhões divulgados na segunda-feira e do pedido de 10 mil milhões feito pelo Presidente norte-americano, Joe Biden, na semana passada.

© Luso-Americano/Agência Lusa