UE anuncia apoio de 1,5 mil milhões a Kiev, a partir de activos russos congelados
A União Europeia vai, pela primeira vez, mobilizar no mês de Julho, 1,5 mil milhões de euros para a Ucrânia obtidos a partir dos lucros com bens russos congelados, disponibilizando ainda 1,9 mil milhões em apoio financeiro europeu a Kiev.
“Na conferência sobre a recuperação [ucraniana] do ano passado, eu disse que deveríamos transferir para a Ucrânia as receitas dos activos russos imobilizados e agora estamos a concretizá-lo, em conformidade com o direito internacional, e assegurando simultaneamente a estabilidade dos mercados financeiros [e, por isso] cerca de 1,5 mil milhões de euros dos lucros excepcionais ficarão disponíveis em Julho”, anunciou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
Intervindo na conferência sobre a recuperação da Ucrânia, que decorre em Berlim para arrecadar apoio internacional para a reconstrução e modernização do país devastado pela guerra, a líder do executivo comunitário lembrou que “já passaram quase 900 dias” desde o início da invasão russa.
Também na cimeira do G7, que se realiza em Itália no final da semana, se continuará “a discutir a forma como a Ucrânia pode beneficiar ainda mais rapidamente das receitas dos activos russos imobilizados”, disse Ursula von der Leyen.
Após aval da UE, no final de Maio está previsto que 90% sejam direccionados para a Ucrânia através do Mecanismo Europeu de Apoio à Paz (que financia a compra de armas e munições de protecção), e 10% através do orçamento comunitário (apoio não militar), isto depois de uma das sanções impostas à Rússia pela invasão da Ucrânia, ter envolvido a proibição de transacções relacionadas com gestão das reservas e dos activos do banco central russo, com os restantes activos relevantes obtidos por instituições financeiras nos Estados-membros, a ficarem congelados.